Meninas da seleção de judô afiam provocação para Grand Prix Nacional

30/10/2013 11h29


Fonte G1 PI

O Grand Prix Nacional vai demorar para começar, mas as atletas já alimentam o clima vivido antes das competições.Principal torneio de clubes do ano, as provocações ajudam a manter a rivalidade entre as equipes. As judocas, no entanto, ressaltam: tudo isso acontece bem antes da competição. Na hora da luta, quem prevalece é a rivalidade para, em seguida, todas comemorarem os resultados juntas.

Imagem: Emanuele Madeira/GLOBOESPORTE.COMClique para ampliarErika Miranda, durante treino da Seleção Brasileira no Piauí: 'as contratações ajudam a fortalecer realmente a equipe para o Grand Prix'.(Imagem:Emanuele Madeira/GLOBOESPORTE.COM)Érika Miranda, durante treino da Seleção Brasileira no Piauí: 'as contratações ajudam a fortalecer realmente a equipe para o Grand Prix'.

Érika Miranda (-52kg) pertence ao Minas Tênis, uma das equipes que possui lugar garantido no pódio, mas lembra que favoritismo não constrói campanhas positivas. A falação é normal de quem convive por longos períodos defendendo a seleção.

- Geralmente estamos todas do mesmo lado, brigando pela seleção, excelentes resultados. E, no Grand Prix, a gente se divide. Sempre tem muita brincadeira do tipo “eu vou ganhar da sua equipe”, “se prepara”. Essas ameaças assim, mas acaba que a competição fica muito forte. O prestigio da medalha ou de ganhar rende piadas durante um mês dentro da equipe mesmo – conta Érika Miranda.

Como um campeonato normal, as equipes também buscam reforços para se tornarem mais fortes e elevar o nível da competição. Nos dias do torneio, as chaves colocam frente a frente as parceiras de seleção que, por um momento, esquecem o conjunto nacional e focam na disputa de clubes.

Mas as surpresas podem acontecer. Erika Miranda estava no Flamengo, que foi a grande surpresa e campeão do Grand Prix no ano de 2012 em cima da Sogipa. O clube gaúcho, por sua vez, possui dois títulos nacionais em cinco finais disputadas. Na edição deste ano, mais uma surpresa por aparecer nos tatames: o Instituto Reação, que revelou a campeã mundial Rafaela Silva (-57kg), entra na disputa de 2013 e já é vista como um time forte que vem para dar trabalho.

- As contratações ajudam a fortalecer realmente a equipe, mas nem sempre a pessoa que tem a melhor equipe na inscrição vai chegar a ser campeã. Ano passado foi até uma coisa atípica no Grand Prix. Quem foi para a final foi o Flamengo, uma equipe que entrou quase sem chance nenhuma, sabíamos que tínhamos uma equipe mais ou menos homogênea, e a Sogipa que também não tinha nenhuma contratação e foi com o time sem ninguém de fora. Então, não dá para arriscar quem vai ganhar porque podem ter surpresas, outras equipes podem entrar – relembra Erika.

Uma das equipe que investiu em contratação foi o Pinheiros, que juntou ao seu grupo, a vice campeã mundial na categoria +78kg, Maria Suellen Altheman. Ela vê como positivo a busca das equipes por contratações.

- A equipe do Pinheiros está vindo com uma equipe bem nova, meninas bem novas, mas acho que tem grandes chances de se classificar para o Grand Prix. É uma competição que reúne os melhores clubes e os melhores atletas. Então, acho que todos os clubes virão fortes, mas confio e acredito na equipe. A partir do momento que você é contratado por um clube, você veste a camisa do clube, mas a rivalidade é grande. É a competição que vale mais para os clubes e acho que isso que é o gostoso da competição – disse Maria Suellen.

Provocação


Imagem: Emanuele MadeiraClique para ampliarRochele Nunes rebate provocações de Erika no treinamento no Piauí.(Imagem: Emanuele Madeira)Rochele Nunes rebate provocações de Erika no treinamento no Piauí.

Érika Miranda não se deixa esquecer que a vitória sobre a Sogipa veio após a decisão, que ocorre quando uma luta que terminou empatada precisa voltar no tempo extra, o Golden Score, onde quem marcar o primeiro ponto vence. Rochele Nunes, do clube gaúcho, fez a disputa por quatro vezes levando a melhor em três deles, mas não conseguiu o memso resultado na disputa da final contra o Flamengo de Erika Miranda. E enquanto Erika explicava a final do ano anterior, Rochele se defendeu, mas as brincadeiras tomaram conta do momento.

- Ano passado minha equipe foi campeã do Grand Prix diante da equipe da Rochele [Nunes]. Rochele perdeu feio – provocava Erika da arquibancada. Enquanto isso, a atleta da categoria pesado fazia gestos em negativo e dizia que não tinha sido bem assim.

- Isso vai render durante anos, eu vou saber que eu ganhei da equipe da Rochele – completa Erika Miranda.

As disputas do Grand Prix Nacional feminino acontecem no mês de novembro, em Porto Alegre, entre os dias 23 e 24. O masculino acontece antes, em São Paulo, entre os dias 16 e 17, e conta com a presença do clube Associação Judô Queiroz, de Teresina.

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