GRUPO CLAUDINO rebate Wilsão; dívida é de R$ 30 milhões

26/08/2010 09h15


Fonte 180graus

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarWilsão comprou briga com Seu João e JVC(Imagem:Divulgação)Wilsão comprou briga com Seu João e JVC

Esquenta a campanha eleitoral rumo ao Palácio de Karnak. O governador e candidato à reeleição, Wilson Martins (PSB), denunciou nesta quarta-feira (25) que obras de responsabilidade da construtora 'Sucesso', do Grupo Claudino, estão paradas no interior do Piauí. Além disso, Wilsão confirmou que o Estado está "no limite" financeiro, mas garantiu o pagamento dos salários dos servidores.

O governador afirmou que sabe da existência de alguns trechos de estradas que estão faltando um ou dois quilômetros para serem concluídos e as obras foram paradas. A mesma denúncia foi feita pelo deputado Robert Rios (PCdoB) na tribuna da Assembleia. 'Algumas deixaram um ou dois quilômetros para serem terminadas. Um exemplo é a Sucesso, que está fazendo a ponte de Uruçuí. A ponte está pronta, mas não passaram asfalto. Há um caso semelhante em Piracuruca".

E prosseguiu: "Acho que não é procedimento que a gente possa aprovar. Se eu faço um asfalto e falta dois quilômetros para concluir, não justifica deixar dezenas e milhares de carros carregados de soja pagar um pontão, perder tempo por não ter passado um asfalto. Não quero crer que seja questão política, mas não entendo do ponto de vista profissional porque isso esteja acontecendo', reclamou. Rebatendo as críticas de que as dificuldades financeiras do Estado estejam ameaçando o pagamento do funcionalismo, o governador garantiu que não haverá atrasos. O principal motivo do arrocho foi a perda de R$ 81 milhões oriundos do Fundo de Participação do Estado, segundo Wilson. As perdas estão acumuladas desde junho.

CONSTRUTORA SUCESSO NÃO DEIXA POR MENOS
A construtora Sucesso, que tem como proprietário seu João Claudino, pai do candidato a governador João Vicente (PTB), adversário de Wilsão, não deixou por menos e divulgou nota explicativa em resposta as declarações do governador Wilson Martins. Informa que o governo deve R$ 6,2 milhões em obras realizadas e não pagas. Deve também cerca de R$ 24,7 milhões em obras em andamento. O total devido, segundo a empresa, é de R$ 30,9 milhões. 'A empresa estranha o posicionamento adotado pelo governador em entrevista concedida a emissora de tevê de Teresina, onde percebe-se o seu desconhecimento de questão que é decorrente das obrigações contratuais não cumpridas por parte do governo do estado', afirma a nota assinada pela diretoria.

A construtora torna pública toda a dívida que o Governo do Estado tem, pela primeira vez, e enfatiza que vem cumprindo todos os contratos firmados com o executivo estadual. 'Nos contratos onde não houve pagamento dos valores devidos, foram previamente solicitadas as paralisações aos respectivos órgãos', acentua. 'A obrigação do estado é honrar o compromisso de remunerar a quem cumpriu suas obrigações. Ninguém pode exigir, de qualquer contratado, que cumpra contratos sem a devida remuneração acordada para sua execução.'

Entre as obras realizadas, inauguradas e que não teriam sido pagas pelo governo, a empresa relaciona estradas Renegeração/Tanque (R$ 143,3 mil), Joca Marques/Madeiro (R$ 650,9 mil), Boqueirão do Piauí/Boa Hora (R$1,4 milhão), Marcolândia/ Caldeirão (R$ 129,6 mil), Landri Sales/Marcos Parente (R$ 1,2 milhão), Simplício Mendes/ Campinas (R$ 1,3 milhão) e pista do aeroporto de São Raimundo Nonato (R$ 1,2 milhão).

EMPRESA INFORMA QUAIS AS OBRAS EM ANDAMENTO
Entre as obras em andamento e que também não teriam sido pagas, são listadas as seguintes: estradas Marcos Parente/Ribeiro Gonçalves (R$ 2,4 milhões), Bertolínia/Uruçuí (R$ 877,2 mil), Simplicio Mendes/Jacobina do Piauí (R$ 2,7 milhões), Teresina/Palmeirais (R$ 910,8 mil), Piracuruca/Alto Alegre (R$664,3 mil), Floriano/Itaueira/Canto do Buriti (R$ 4,1 milhões), Marcos Parente/Jerumenha (R$ 2,1 milhões), Teresina/José de Freitas/Cabeceiras (R$ 4,3 milhões), Oeiras/Simplício Mendes (R$934,7 mil), Ponte Uruçuí/Benedito Leite (MA) - (R$ 910,8 mil), vias de São Raimundo Nonato (R$ 860,4 mil), substituição de rede de cimento - amianto e ferro fundido por PVC em Teresina (R$3,7 milhões).

A empresa afirma que tem compromisso com 3.100 colaboradores, além de obrigações com seus fornecedores. 'Sempre foi marca da construtora Sucesso o respeito aos piauienses', conclui.





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