Silvio pede punição aos ex-servidores investigados em operação da polícia

14/10/2025 15h40

Fonte ClubeNews

O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), pediu punição aos ex-servidores alvos da operação da Polícia Civil, deflagrada na manhã desta terça-feira (14), que investiga supostos atos de corrupção na gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD).

Em entrevista à imprensa, nesta terça-feira, Silvio Mendes lamentou a situação e disse que os gestores devem zelar pela cidade, já que foram eleitos pelo povo.

“(Tenho acompanhado) com muita tristeza. De coração, eu fico sem entender como é que uma pessoa se oferece para fazer gestão pública. Gestão pública tem que ser entendida assim: você tem dinheiro limitado, uma série de obrigações para cumprir em todas as áreas e a cidade lhe confiou fazer isso. Foi lhe confiado um mandato para cuidar dela”, declarou.

Um dos mandados foi cumprido na casa de Sol Pessoa, no residencial Hugo Prado, Zona Sul de Teresina. Ela foi a secretária imediata da Prefeitura de Teresina e era a responsável por auxiliar diretamente Dr. Pessoa em seu gabinete.

A Justiça também bloqueou R$ 75 milhões em bens, valor referente ao prejuízo causado pelos suspeitos nas contas da gestão municipal.

“Na saúde e educação, você não tira dinheiro público e já não é o suficiente imagina tirando. Eu espero que os culpados sejam punidos. Que não sejam soltos se for comprovada a culpa. Que puna e devolvam o que pertence a todos. Tem que devolver”, completou.

As operações Gabinete de Ouro e Interpostos apuram supostos atos de corrupção no mandato de Dr. Pessoa. As ações pretendem cumprir quatro mandados de prisão e 21 mandados de buscas e apreensões em 21 endereços ligados aos investigados.

INVESTIGAÇÃO

O delegado Ferdinando Martins, coordenador do Departamento de Combate à Corrupção (Deccor), informou, durante coletiva de imprensa, na Delegacia Geral, que quatro pessoas foram presas temporariamente, no âmbito da Operação Gabinete de Ouro, inclusive Sol Pessoa.

“Os fatos ficaram bem demostrados envolvendo a servidora pública, então chefe de gabinete, que centralizava todos os pagamentos; tinha toda gestão sobre todas as lotações, todas as pastas; inclusive sobre salários de alguns servidores comissionados, na típica ‘rachadinha’”, explicou o delegado.

Ferdinando Martins pontuou que a operação de hoje foi um trabalho inicial da investigação, que continuará com mais diligências. “Hoje conseguimos sequestrar alguns veículos, apreender bens e comprovar algumas situações. Quatro indivíduos presos temporariamente. As diligências vão seguir para analisar depoimento e material apreendidos”.

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