Um mês após estupro em Castelo do PI, reveja a tragédia que chocou o país

27/06/2015 08h44


Fonte G1 PI

Imagem: Patrícia Andrade/G1Morro do Garrote, local onde as meninas foram violentadas.(Imagem:Patrícia Andrade/G1)Morro do Garrote, local onde as meninas foram violentadas.

O G1 reconta neste sábado (27) os principais fatos de uma barbárie que chocou a população brasileira. No dia 27 de maio quatro adolescentes foram agredidas, violentadas e jogadas de um penhasco de 10 metros de altura em Castelo do Piauí. Segundo a Polícia Civil, quatro garotos e um homem de 40 anos são suspeitos de render as meninas quando elas tiravam fotos Morro do Garote, um ponto turístico da cidade.

Reveja a cobertura deste caso feita nos últimos 30 dias em ordem cronológica.

- Saúde das garotas

No dia 27 de maio, duas meninas de 17 anos, uma de 16 anos e outra de 15 anos foram encontradas por moradores no Morro do Garote e levadas para o hospital da cidade.

Diante da gravidade dos ferimentos, elas foram transferidas para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Uma sofreu traumatismo craniano. Outra, esmagamento de face. A terceira teve lesões no pescoço e quarta foi transferida para um hospital particular LEIA MAIS


- População revoltada


Ainda no dia do crime, centenas de populares se aglomeraram em frente a delegacia de Castelo do Piauí.

Os moradores, que viram a tranquilidade do município ser modificada com esta brutalidade, foram pedir por segurança.

Eles atearam fogo em pneus como forma de protesto. LEIA MAIS



- Suspeitos apreendidos

Em menos de 24 horas, quatro garotos foram apreendidos suspeitos de participar do estupro coletivo. Todos foram transferidos para a Delegacia de Campo Maior e depois encaminhados para complexo da cidadania em Teresina. LEIA MAIS

- Mentor também é preso

Adão José da Silva Sousa, 40 anos, o homem tido pela polícia como o mentor das atrocidades cometidas contra as meninas foi preso dois dias depois do crime tentando fugir da cidade.LEIA MAIS

Durante a apresentação, ele negou participação na barbárie, mas delegados afirmam que não há dúvidas sobre a participação dele. LEIA MAIS

- Solidariedade com as vítimas


Motivados pela complicação do estado de saúde de uma das quatro adolescentes vítimas de estupro coletivo, centenas de pessoas foram até o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), no dia 1º de junho para doar sangue. LEIA MAIS

Danielly Rodrigues, 17 anos, passou por um procedimento cirúrgico de reconstrução de face no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e precisava de doação de plaquetas. LEIA MAIS

No dia 2 de junho, um grupo formado, principalmente por mulheres, espalhou flores em volta do maior pronto socorro do estado, onde estavam internadas três das quatro garotas violentadas. Familiares das meninas receberam os visitantes e agradeceram pela atenção. LEIA MAIS

- Alta da UTI


Um dia após o gesto de solidariedade, uma das garotas, a que teve traumatismo craniano grave e chegou a respirar com ajuda de aparelhos deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), foi encaminhá-la para a Unidade de Cuidados intermediário. LEIA MAIS

- Depoimentos: Estavam a serviço de patrão

Em depoimento para a polícia, duas meninas relataram os momentos de horror que passaram quando estiveram em poder dos criminosos. Elas revelaram que os suspeitos falavam que estavam a serviço de um patrão e que este as queria. LEIA MAIS

- Morre umas das vítimas

Danielly Rodrigues, de 17 anos, uma das vítimas do crime bárbaro, não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu no dia 7 de junho. Ela teve esmagamento da face, lesões pelo pescoço e tórax. LEIA MAIS

Sob um forte sentimento de comoção e revolta, familiares, amigos e população acompanharam o cortejo até o cemitério Padre Expedito, onde ocorreu o sepultamento.

Uma das garotas recebe alta do HUT é informada do falecimento de Danielly. LEIA MAIS

- Mais uma garota deixa o hospital


A adolescente sofreu fraturas no punho e tornozelo em decorrência das agressões ocorridas no dia 27 de maio deixou o HUT no dia 9 de junho.

A menina chegou a passar por cirurgias e foi uma das quatro garotas a não apresentar um quadro mais grave. LEIA MAIS

- Campanha arrecada dinheiro para vítimas

O grupo Flores Para Elas criou uma campanha solidária virtual para as vítimas e, segundo os idealizadores, o dinheiro está sendo destinado aos gastos com passagem, alimentação e hospedagem dos parentes da adolescente, e, após as meninas receberem alta médica, será destinado para o tratamento das jovens. LEIA MAIS

- ONU se solidariza

A Organização das Nações Unidas Mulheres Brasil (ONU) emitiu uma nota se solidarizando com as quatro vítimas de estupro coletivo ocorrido na cidade de Castelo do Piauí. Assinado por Nadine Gasman, representante do órgão no Brasil, o texto denominou o caso como cruel e que chocou a todo o Brasil. LEIA MAIS

- Adolescentes suspeitos são ouvidos

A primeira audiência de apresentação dos adolescentes suspeitos aconteceu em Teresina no dia 11 de junho.De acordo com o coronel Márcio Oliveira, comandante de policiamento da capital, a audiência foi realizada em Teresina a pedido do próprio juiz de Castelo do Piauí.

Segundo o coronel, o magistrado justificou que o clima na cidade ainda é de comoção e revolta, e por isso seria mais seguro fazer a audiência na capital do estado. LEIA MAIS

-Sete dias de saudades

A morte de Daniely Rodrigues completou sete dias no dia 13 de junho. Uma multidão acompanhou a missa de sétimo dia do falecimento. LEIA MAIS

O G1 voltou à cidade de Castelo e conseguiu falar com alguns familiares e professores dos adolescentes apreendidos. Através destes depoimentos foi montado um perfil dos suspeitos. Mãe de um dos adolescentes diz que após o crime é apontada na rua pela população.

-Saudade de um pai

O pai de Danielly Rodrigues recebe a equipe de reportagem e fala da saudade que sente:

“A dor vai ficar pra sempre. Queria minha filha de volta, mas isso sei que não posso ter", disse. LEIA MAIS

Danielly morreu após ter a face esmagada e sofrer uma hemorragia interna devido às lesões sofridas no tórax e pescoço.

- Mudança de rotina

A rotina dos alunos da Unidade Escolar Francisco Sales Martins, em Castelo do Piauí, mudou depois que quatro garotas, sendo três delas colegas de classe, foram agredidas, violentadas e arremessadas do alto do penhasco com cerca de 10 metros de altura.

Inconsolável, a turma na qual estudavam três das vítimas mudou de sala. Com medo, os pais agora deixam os filhos na porta do colégio, onde o clima de luto é evidenciado por um aviso na fachada. LEIA MAIS

- Triste lembrança

A única das quatro vítimas do estupro coletivo do Piauí que ainda está internada voltou a falar. A adolescente, de 17 anos, traz consigo memórias de um crime.

O pai revelou suas primeiras perguntas. "Ela disse: 'Papai me carregaram pro mato'. Aí, eu neguei. Não queria que ela falasse sobre o assunto. Ela continuou: ‘Foi, papai, os moleques me carregaram para o mato e quebraram minha cabeça. Eu tô operada da cabeça", disse o pai da garota, que não terá o nome revelado para preservar a sua identidade e a da filha. LEIA MAIS

- Mentor de estupro e testemunhas são ouvidos

Adão José da Silva Sousa, 40 anos, suspeito de ser o mentor do estupro coletivo contra quatro garotas na cidade de Castelo do Piauí é ouvido durante uma hora e meia no dia 22 de junho. LEIA MAIS

Pelo menos seis pessoas, entre elas enfermeiras e policiais, também foram ouvidos. LEIA MAIS

Outras 19 testemunhas prestam depoimento em Castelo do Piauí. Umas delas disse que as meninas pareciam estar mortas. LEIA MAIS

- Resultado de exames de DNA

Delegado afirma que os exames de DNA realizados em Pernambuco comprovaram a participação de Adão José de Sousa e dois dos quatro menores no estupro coletivo. LEIA MAIS

- Vítimas são ouvidas

As garotas foram ouvidas no Complexo de Defesa e Cidadania no dia 25 de junho. Uma delas chegou de cadeira de rodas. LEIA MAIS

Outra que ainda estava internada no Hospital de Urgência de Teresina deixou a unidade de saúde e prestou depoimento acompanhada de uma equipe médica. LEIA MAIS

- Fortalecimento de uma amizade

Pela primeira vez, as amigas se reencontram após a tragédia. Segundo o promotor Cesário Cavalcante, foi um encontro cheio de emoções. LEIA MAIS

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Tópicos: crime, vítimas, estupro