Tribunal analisa recurso da defesa de condenados por estupro coletivo no PI
03/06/2016 10h12Fonte G1 PI
Imagem: Catarina Costa/G1
Julgamento ocorre na 1ª Câmara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Piauí.
Julgamento ocorre na 1ª Câmara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Piauí.A 1ª Câmara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Piauí analisa nesta sexta-feira (3) uma apelação dos três adolescentes condenados pelo estupro coletivo em Castelo do Piauí. O crime ocorreu no dia 27 de maio do ano passado. A sessão ocorre de portas fechadas a pedido da Defensoria Pública.
O desembargador Edvaldo Moura é o relator do processo. Antes de iniciar o julgamento, ele informou que os três adolescentes não participaram da sessão e explicou que a Corte julgará o recurso dos quatro atos infracionais que eles foram condenados.
Foram imputados individualmente a cada um deles os atos infracionais equivalentes aos seguintes crimes: prática de quatro estupros, três tentativas de homicídio e dois homicídios (a morte de Daniely, uma das vítimas do estupro, e de Gleison Vieira da Silva, 17 anos, tido como o delator do grupo, foi assassinado dois meses depois do crime dentro do alojamento do CEM, quando já cumpria a medida socioeducativa. O prazo para cumprimento da medida é de três anos, podendo ser estendido, já que os menores serão avaliados a cada seis meses.
“Cabe à defesa recorrer da primeira decisão e procurar o segundo grau de jurisdição que é a Câmara Criminal que vai manter a decisão do juiz ou reformá-la. O que ficar decido nesta sessão ainda é passível de recurso, mas no Supremo Tribunal de Justiça”, declarou o desembargador.
Três desembargadores, sendo um relator, um representante do Ministério Público e um defensor participam da sessão. Edvaldo Moura explicou qual será o rito do julgamento. Segundo ele, a sessão será aberta, depois o defensor público Gerson Henrique Sousa será o primeiro a falar. Ele pede a absolvição total dos menores e terá 15 minutos para apresentar a defesa dos condenados.
A tese da defensa será a negativa da autoria. Acreditamos que não existem provas que atestam a culpa dos menores no estupro.
O representante do Ministério Público, procurador Antônio Ivan da Silva, disse que atuará como fiscal da lei, mas que, se preciso, também argumentará em defesa da tese do MP. Para ele, a culpa dos adolescentes é uma certeza. “O processo estava bem fundamentado e há dúvidas da participação dos menores no crime”, destacou.
Inicialmente, o julgamento será acompanhado por representantes do Ministério Publico, juiz e desembargadores, defensores, estudantes e professores de Direito, mas a pedido da Defensoria de Pública que argumentou com base no artigo 146 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a Corte decidiu realizar o julgamento a porta fechadas.
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