Reação de Luciano mostra alívio do São Paulo, que agora vira a página para disputar clássico
03/10/2025 09h45Fonte ge
Imagine marcar o gol da vitória num jogo difícil, de dez contra 11, na casa do adversário, calar mais de 35 mil pessoas, mas ter uma primeira reação sem euforia. A aparente falta de entusiasmo de Luciano no gol que decidiu os 2 a 0 do São Paulo contra o Fortaleza, nesta quinta-feira, tem certo simbolismo num time machucado.Afinal, eram quatro derrotas consecutivas, duas contra a LDU na eliminação da Conmebol Libertadores e duas no Brasileirão, para Santos e Ceará. Duramente criticado por gols perdidos, Luciano enfim marcou de novo. E pareceu reagir como num desabafo de alguém que sabe que poderia ter feito mais pelo time, mas não conseguiu.
O resultado, o gol de Luciano e o desabafo silencioso, porém, precisam marcar uma mudança de página da equipe. A vitória em 2 de outubro precisa ser um novo recomeço para o São Paulo, que tem clássico contra o Palmeiras no Morumbis, neste domingo, às 16h (de Brasília), pela 27ª rodada do Brasileirão.
Fora de todos os mata-matas e apenas com as 12 rodadas restantes de Brasileirão pela frente, o São Paulo deve olhar para o Choque-Rei de várias formas: como uma chance para se reconectar com o torcedor depois de receber só 12 mil pessoas contra o Ceará; uma oportunidade de se levantar e ir em busca da vaga na Libertadores; e um jogo para tentar atrapalhar o rival na sua luta pelo título.
Imagem: Rubens Chiri/Saopaulofc.net
Gol de Luciano em Fortaleza x São Paulo

Em Fortaleza, nos 90 minutos, o São Paulo foi lutador. Abriu o placar com Tapia em boa trama de Rigoni, que roubou a bola no meio e depois serviu o chileno. E depois teve de correr com dez contra 11 por 70 minutos por culpa do mesmo Rigoni, que deu solada em Deyverson e foi flagrado pelo VAR.
Cheio de desfalques, Crespo armou uma zaga com Negrucci improvisado pela direita e Luiz Gustavo, que não jogava há seis meses, como zagueiro da sobra. Num 5-3-2, que depois virou 5-3-1, o Tricolor marcou com muita vontade, organização e competência. E tirou todo e qualquer perigo da sua área.
Luiz Gustavo, aos 38 anos, jogou os 90 minutos sem nem reclamar. Um exemplo de jogador que quer mais, que não quer desistir.
Imagem: Rubens Chiri/saopaulofc
Jogadores do São Paulo antes de jogo contra o Fortaleza.

Diante de um Fortaleza incapaz de criar, o time ainda armou um contra-ataque no final, em passe de Bobadilla para Enzo Díaz, que achou Luciano na pequena área. Livre, o camisa 10 marcou o seu gol 98 pelo São Paulo e comemorou da forma como abrimos esse texto. De jeito tímido, mas com sua verdade.
Com energia recuperada, o São Paulo agora tenta terminar o ano novamente com uma vaga na Libertadores e uma base de equipe montada para as disputas de 2026. Ainda há o que fazer.
Depois do alívio, vem a motivação. O torcedor ainda tem direito a qualquer motivo para comemorar.
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