Ancelotti terá 46 dias com jogadores até abertura da Copa
03/06/2025 09h04Fonte O Globo
Prancheta a postos, conversas com os jogadores e trabalho no campo. Passada a semana de visitas às instalações da CBF e primeiras idas a jogos no Brasil, Carlo Ancelotti ergueu as mangas e começou a trabalhar com os jogadores da seleção. Ontem, o grupo de convocados se apresentou em São Paulo e já iniciou as atividades com o italiano visando aos jogos contra Equador, quinta-feira, e Paraguai, dia 10. Não deu nem para aguardar o trio de finalistas da Champions (Marquinhos, Beraldo e Carlos Augusto), que chegou só no fim do dia. A corrida contra o tempo será uma tônica da era Carletto.Com praticamente um ano até a próxima Copa do Mundo, o treinador terá pouco tempo de contato com os jogadores. Tanto na duração dos períodos de treinamento quanto no total de dias até o Mundial.
Até 11 de junho de 2026, para quando está marcada a abertura da Copa, Ancelotti terá trabalhado por 46 dias com os atletas. Como ainda não está definida a data da estreia do Brasil (o sorteio dos grupos será apenas no fim do ano), há a possibilidade de ele ganhar alguns dias a mais. Mas é certo que não serão muitos.
Outro desafio para o técnico é que os encontros serão em pílulas. Até o jogo contra o Paraguai, daqui a uma semana, Ancelotti terá seus primeiros nove dias reunido com os jogadores. Em 2025, ele ainda terá mais duas datas Fifa com a mesma duração. No ano que vem, serão mais duas: uma em março e outra em junho.
Imagem: Rafael Ribeiro/CBF
Carlo Ancelotti faz primeira reunião com grupos de jogadores da seleção em São Paulo.
Carlo Ancelotti faz primeira reunião com grupos de jogadores da seleção em São Paulo.Esta última servirá como período para a realização dos ajustes finais (com a possibilidade de realização de amistosos), já que ela emenda com o início da competição. Isso significa que Ancelotti terá até a data Fifa de março para fazer suas observações e testes antes de anunciar a convocação para o Mundial dos EUA, México e Canadá. Ou seja: a lista final será formada com base em apenas 36 dias de contato.
O pouco tempo de convívio reforça a perspectiva de que Ancelotti não chega para promover qualquer tipo de inovação tática. Além de não ser o seu perfil, ele não terá tempo para isso.
Este cenário deve levar o treinador a buscar a um modelo de jogo semelhante ao do Real Madrid treinado por ele nas últimas três temporadas, potencializando a liderança de Vini Jr no ataque. O próprio Ancelotti já admitiu em entrevistas recentes que usará o trabalho feito no clube espanhol como sua referência.
Já em relação à briga por posições, estas condições dão vantagem aos atletas com experiência no exterior, principalmente no futebol europeu. O repertório adquirido pelo maior convívio com diferentes ideias táticas os deixa mais prontos para assimilar a proposta de Ancelotti. Não à toa, já em sua primeira convocação o italiano promoveu o retorno de Casimiro, sabidamente seu homem de confiança no meio. Apesar de não vestir a Amarelinha há um ano e meio, o volante do Manchester United volta como favorito a ser titular.
1º dia teve apresentação e treino no campo
O ponto de partida para esta luta contra o tempo foi dado nesta segunda-feira, numa reunião no hotel em que a seleção está concentrada. Ancelotti foi apresentado ao grupo pelo coordenador de seleções Rodrigo Caetano e, em seguida, fez sua primeira apresentação na qual pôde passar suas ideias e planos para a seleção.
Imagem: Rafael Ribeiro/CBF
Ancelotti observa a atividade no campo do primeiro dia de treino da seleção.
Ancelotti observa a atividade no campo do primeiro dia de treino da seleção.À tarde, no CT Joaquim Grava, do Corinthians, o grupo foi a campo pela primeira vez diante do técnico. A imprensa só teve acesso aos 15 minutos iniciais, durante os quais os atletas realizaram apenas um aquecimento. Além do trio de PSG e Inter de Milão, ausente, cinco jogadores que atuaram no domingo pelo Brasileirão fizeram apenas um trabalho regenerativo: os flamenguistas Léo Ortiz, Alex Sandro, Danilo e Gerson e o palmeirense Estevão. Para completar a atividade foram usados cinco jovens da base corintiana.
Nesta terça, o técnico poderá trabalhar com o grupo completo pela primeira vez. Importante lembrar que, para o jogo contra o Equador, em Guayaquil, ele não contará com Raphinha, suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo. Só poderá ser usado diante do Paraguai, em São Paulo.
— Tenho certeza de que não serão fáceis esses dois jogos, mas a expectativa é igual a de sempre. Na seleção, o objetivo é sempre ganhar e deixar o Brasil no topo. O nosso objetivo é ganhar esses dois jogos — comentou o zagueiro Alexsandro ao site da CBF.
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