Após perder pâncreas em acidente, atleta quer título mundial de jiu-jítsu

13/06/2015 12h29


Fonte G1 PI

Praticar esporte quando se é criança é algo normal para desenvolver a atenção de alunos como Gabriel Phellipe, que durante toda a infância não gostava de ficar parado. A prática de esporte começou com o judô e as primeiras fraturas vieram a partir daí. Mas uma queda de bicicleta, quando voltava da escola fez com que o pulmão comprimisse o baço e o pâncreas, destruindo os órgãos do atleta. Era o início da sua atividade no jiu-jítsu.

Logo que iniciou a dar os primeiros passos no esporte, Gabriel Phelipe teve de se acostumar com os períodos afastado das práticas esportivas por alguns acidentes. Lesões que também foram evoluindo, como fratura completa de membros. Aos 16 anos, ele iniciou no jiu-jítsu por não suportar ficar parado. Mesmo sofrendo a desconfiança dos pais após passar por uma cirurgia para reparar e reconstituir pâncreas e baço, hoje, ele sonha alto e colhe os frutos da insistência.

Imagem: Emanuele MadeiraGabriel Phellipe encontra nos tatames força para superar acidente na infância.(Imagem:Emanuele Madeira)Gabriel Phellipe encontra nos tatames força para superar acidente na infância.

- O freio da bicicleta travou quando eu estava voltando da escola e cai por cima do guidão, de peito no chão. Nisso, meu pulmão acabou comprimindo o pâncreas, destruindo totalmente, e meu baço foi rachado no meio, mas cheguei em casa só com uma raladura no pé – relembra.

Do acidente, as consequências só vieram quase um dia depois de sentir fortes dores no estomago após medicações e, em alguns exames, foram constatadas a necessidade da cirurgia. Após o tempo de recuperação, a intenção não podia ser diferente: praticar um novo esporte como solução, uma espécie de cura. Voltar ao judô não foi viável - pelo impacto das projeções, as dores voltavam. O jiu-jítsu se tornou pano de fundo em 2013, como uma alternativa para quem não desiste e sabe observar as oportunidades.

- Minha família não queria aceitar, mas sempre tive essa vontade. Voltando do hospital, vi a academia, assisti um treino e outro. Comecei a treinar devagar e fui iniciando nos campeonatos com terceiro lugar em estadual e, nos estados vizinhos, conseguindo subir no pódio – resgata.

Voltando a vestir o quimono, o início tímido do atleta já acumula na parede de casa uma boa lista de títulos como o bicampeonato brasileiro, tricampeonato maranhense, tetra piauiense... E a pretensão não para por aqui. Hora de alçar voos maiores.

Com três treinos diários, o foco é o Rio Internacional Open no final do mês e o Mundial em São Paulo. O objetivo é o título em seu primeiro Mundial para ostentar no peito a superação de quem tem ainda fé para completar os espaços que se abriram por dentro, em nome do amor ao esporte.

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