Isabelle Drummond fala da vida de ativista: "Pessoas juntas têm poder"

14/07/2021 09h53


Fonte O Globo

Imagem: ReproduçãoIsabelle Drummond aparecerá em Isabelle Drummond aparecerá em "Crianças que amamos", do Viva.

A Emília do "Sítio do Picapau Amarelo" volta e meia soltava frases curiosas. "Eu nasci boneca de pano (...) e hoje sou até marquesa. Subi muito. Cheguei muito mais que vintém" era uma das pérolas que saíam da boca da personagem interpretada por Isabelle Drummond na TV. A atriz iniciou a carreira na série "Os Maias" e na novela "Mulheres apaixonadas", mas teve grande destaque no seriado infantil. E, nos últimos 20 anos, foi não só marquesa; buscou títulos mais nobres. De folga da TV devido ao adiamento de "O Selvagem da Ópera" (Globo), Isabelle se dedica, neste segundo semestre de 2021, a projetos voltados para a terceira idade, para crianças, para pessoas em situação de vulnerabilidade social e para animais.

— O que é mais frágil sempre me despertou o olhar. É algo que tenho comigo. E não é que eu goste mais ou menos de um ou de outro. Tento servir e olhar para alguns outros lugares onde às vezes está faltando olhar, sabe? Gosto muito de trabalhar com crianças, com pessoas de idade, com pessoas com deficiência. E de uns tempos para cá também tenho olhado para alguns projetos com animais. Estamos estruturando. Mas eu não paro. Fico fazendo resgate. Estou o tempo inteiro me movimentando. Não espero nem o projeto estar completo ou alguém doar ou ter patrocínio. Vou fazendo. Porque é uma coisa que falta, sabe? Na medida do que eu consigo, vou em frente. Até que a coisa cresça, tome forma e se autossustente. Tem muita coisa que precisa ser feita socialmente. E a gente tem que fazer pontes entre projetos e empresas, entre pessoas... Porque pessoas juntas têm um poder muito grande de fazer as coisas acontecerem. Acredito em movimentos sociais que partam dos indivíduos — explica ela, que é dona da ONG Casa 197.

Na quarentena, Isabelle, de 27 anos, se manteve atenta ao Retiro dos Artistas e se juntou a atores e atrizes para impulsionar o projeto "Teatro Já", de Ana Beatriz Nogueira:

— Toda a expressão dramática vem do teatro. Quando a gente atua, tem que entender de onde vêm as técnicas. Meu papel é usar o que tenho para servir, para levantar os movimentos do teatro, ainda mais neste momento difícil que estamos. Estou inclusive namorando projetos de teatro, mas creio que, exceto pela série de TV "Crianças que amamos" (Viva), a parte artística vai ficar para o ano que vem. Não tem nada certo ainda. Mas tenho pensado nas minhas escolhas. De certa forma, é um privilégio, uma dádiva poder pensar nelas neste momento. E sinto que é nossa responsabilidade passar boa informação, educar na medida do possível. O projeto da Ana é uma coisa linda. Ela é uma outra empreendedora que usa recursos próprios, está sempre trabalhando pelo teatro. E ele não pode morrer. Digo que sou dali embora não tenha feito muitas coisas lá. Mas que ator que não é pelo teatro, não é? Tenho usado este ano para me encher de conteúdo, preparar projetos... E acho que no ano que vem a roda vai girar melhor. Então, estou olhando uns textos.

Entre outros pensamentos, Isabelle vez ou outra se pega refletindo sobre os passos de sua vida pessoal. Ela diz ter planos de construir família e, embora não torne público nenhum relacionamento amoroso, conta:

— Já pensei em ter muitos filhos. Hoje em dia pondero mais. De repente, serão dois ou três... Os planos estão todos na minha cabeça. Família, filhos... Estão todos nos meus planos. Ainda não tem o pretendente, mas está tudo na minha cabeça já planejado (risos).

Garota-propaganda de uma marca no ramo automobilístico, Isabelle, que é apaixonada por carros, desenvolveu um projeto para incluir mais mulheres no assunto:

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarIsabelle Drummond tem um carro elétrico avaliado em mais de R$ 600 mil.(Imagem:Reprodução)Isabelle Drummond tem um carro elétrico avaliado em mais de R$ 600 mil.
— Comecei essa história por conta da sustentabilidade, do carro elétrico. Mas quero muito mergulhar na questão das mulheres no automobilismo e levantar essa causa no mercado de trabalho. Não só falar sobre isso, mas ajudar a reeducar as pessoas. Tento estar envolvida com o que acredito. Imagino que esse projeto cause algum impacto na sociedade.


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Tópicos: pessoas, teatro, projeto