Danni Suzuki fala de novo projeto como atriz e do trabalho como palestrante e professora
25/08/2025 09h55Fonte O Globo
Imagem: Nanda Araújo
A atriz Danni Suzuki

Sem fazer uma personagem em novelas desde 2009, quando interpretou Ellen de "Viver a vida", Danni Suzuki afirma ser grata por tudo o que vive na televisão. De lá para cá, atuou como repórter no "The Voice Brasil", participou do humorístico "Vai que cola", da temporada "Malhação sonhos" e da série "Arcanjo renegado", apresentou o reality show "New faces", no Prime Video, e protagonizou o longa "Segredos", em cartaz também no streaming. Agora, se prepara para a estreia de "Capoeiras", série do Disney+ que estreia no próximo dia 29.
— A TV mudou, e eu também. Bons projetos são analisados com todo apreço, mas hoje sou mais seletiva. Gosto de papéis e histórias que tenham significado, que sinto que possam transformar. Tenho muito carinho pelas novelas, mas mais importante do que o veículo e o formato são os roteiros, as histórias e o potencial do personagem — afirma ela, que este ano também poderá ser vista em "In (Vulnéraveis)", do canal E!, com Zezé Motta e Juliana Alves no elenco.
Passada nos anos 1980, no Rio de Janeiro, "Capoeiras" é inspirada no livro "A balada de Noivo-da-Vida e Veneno-da-Madrugada", de Nestor Capoeira, e acompanha dois jovens capoeiristas, vividos por Sérgio Malheiros e Raphael Logam. Danni interpreta uma lutadora profissional, mulher forte e misteriosa que surge na história com um segredo do passado. Praticante de capoeira há muitos anos, ela conta que passou por alguns ensaios para as cenas de luta, mas não precisou de nenhuma preparação especial. Diz que aprendeu a deixar o ambiente ditar as regras.
— É uma série de época, que tem uma atmosfera densa, com segredos e artimanhas. Um personagem que me exigiu um esforço maior fisicamente por conta das lutas. Acho que foi o trabalho que mais deixei fluir pra ver o que acontecia na hora mesmo — reflete, uma entusiasta da capoeira. — Ver numa série me enche de orgulho, pois é preciso entender a capoeira como filosofia de vida, como resistência, como linguagem ancestral.
Aos 47 anos — ela completa 48 em 21 de setembro —, ressalta que a carreira no audiovisual nunca esteve em segundo plano. Mas, com o passar do tempo, aprendeu a dizer "não".
— No começo da carreira, a gente acha que precisa aproveitar todas as oportunidades de trabalho que aparecem e não é bem assim. Com o tempo, a gente aprende que dizer “não” é também um ato de valorização ao que sabemos que de fato podemos oferecer.
Nos últimos anos, ela vem se dedicando a atividades paralelas. Pós-graduada em neurociência, Danni costuma palestrar pelo país, dá aulas na PUC do Rio Grande do Sul, é envolvida em projetos sociais e também é mãe de Kauai, de 14 anos. Na semana passada, por exemplo, esteve em três cidades diferentes palestrando.
— Não existiu uma transição de carreira, priorização de nova função ou qualquer coisa nesse sentido, a arte sempre seguiu firme e forte em todos os momentos da minha vida, não apenas de maneira lúdica, mas bastante concreta. Uma coisa não limita ou diminui a outra de nenhuma maneira. Eu adoro a possibilidade de a mulher poder ser várias e, no fim, ser o que ela quiser. Muitas mulheres exercem essa pluralidade também no campo de trabalho — comemora.
O interesse pela neurociência, explica, veio da curiosidade em entender de onde vêm as escolhas, os sentimentos e por que eles existem. Nas palestras, ela fala sobre inteligência emocional, propósito e o impacto da tecnologia na nossa forma de ser humano.
— É algo que consigo conciliar e elas também me dão uma alegria enorme porque consigo unir conhecimento, espiritualidade e arte. E aplico diariamente: no modo de educar meu filho, de me comunicar e de cuidar das minhas próprias emoções — entrega.
Em meio às atribulações, não abre mão de tempo com o filho, treino físico e a espiritualidade. Um tripé que, segundo ela, é o que a mantém equilibrada. Porém, relembra Danni, conciliar nem sempre foi fácil. Além de já ter levado o filho muitas vezes, ela conta com o apoio do pai de Kauai, Fábio Novaes, com quem foi casada por dois anos.
— É natural se sentir culpada muitas vezes, mas acho que grande parte das mães que precisam trabalhar sentem. O que importa é o tempo de qualidade quando estamos juntos e o vínculo que construímos. O resto faz parte da vida — ensina, dizendo que a maternidade é a sua "maior escola". — Representa amor incondicional, entrega e a chance de ser melhor a cada dia. Ela me transforma e me mostra um sentido muito maior para a vida a cada momento.
Recentemente, Danni postou uma foto com o menino em que fala da dificuldade de desconectar. Ela explica que o filho está entrando em uma fase de adolescente atleta, o que considera "desafiador e bonito ao mesmo tempo".
— Eles crescem, vão ganhando asas e a gente sente um misto de orgulho e saudade antecipada. É lindo ver o Kauai se tornando cada vez mais independente, e pronto para o mundo, mas também dá aquele aperto no coração.
Separada de Fábio desde 2005, Danni garante que tem uma boa relação com os homens com quem se relacionou. Alguns, conta, viraram "grandes amigos".
— Acredito que tudo o que vivi me trouxe até aqui. Não vivo presa ao passado e estou construindo com muito entusiasmo minha história de amor com quem eu amo e respeito — ratifica ela, que namora o empresário e ator Fernando Roncatto.
No início deste ano, Danni participou do podcast "Papagaio falante", apresentado por Sérgio Mallandro e Renato Rabelo, em que deu detalhes sobre seus relacionamentos com o ator Ricardo Pereira e com o cantor americano Jason Mraz, além de sua saída da novela "Sol nascente" (2016), quando foi substituída por Giovanna Antonelli como protagonista. Convidada por Mary Mallandro, ela diz que não fez restrições às perguntas e não se arrepende de ter exposto as situações.
— Durante este papo de quase três horas, algumas coisas que já tinham sido ditas anteriormente foram perguntadas e eu respondi com a honestidade com a qual costumo tratar tudo na minha vida. Muitas vezes você fala de diversos assuntos e uma passagem rápida sobre algo que nem era o foco se torna tópico de atenção e interesse. Às vezes você fala sem qualquer tabu sobre algo já batido, acreditando que aquilo não é notícia já que não é nenhuma novidade, mas, na prática, vira notícia nas redes. Nunca me arrependi de nenhuma entrevista ao falar da minha história, e nessa não foi diferente.
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