Adriane Galisteu analisa moda, autoestima, redes sociais e saúde mental

03/07/2025 09h02


Fonte Glamour

Adriane Galisteu é sinônimo de fashionista de carteirinha. Fã de moda, dos designers e do comportamento que envolve o assunto, a apresentadora relembrou à Glamour Brasil a primeira vez que conseguiu comprar um produto de grife internacional. Um spoiler? Foi voltando da sessão de fotos para a capa icônica que fez para a Playboy, em Roma. Mais um spoiler? É da Versace, mas você descobre mais abaixo ao ler a entrevista completa que fizemos com ela.

Durante um almoço na capital paulista, Adriane também conversou sobre saúde mental e redes sociais. Até descobrimos o que a deixa brava na internet e, claro, ela tem toda a razão de se sentir assim. Confira a entrevista na íntegra:
Imagem: DivulgaçãoAdriane Galisteu (Imagem:Divulgação)Adriane Galisteu 

Glamour Brasil: Você é um ícone fashion. Lembra qual foi a primeira peça grifada que você comprou ou ganhou?

Adriane Galisteu: Eu me lembro. Lógico que eu me lembro. Foi uma roupa de cetim do Versace. Foi a primeira roupa de marca que eu tive na vida. Eu comprei, quando voltei das fotos da Playboy, da Grécia, em 1995, Eu parei em Roma, cidade em que eu era louca pra conhecer. Me lembro de andar em Roma sozinha e comecei a ver aquelas vitrines. Fiquei enlouquecida com aquelas vitrines e fui gastando até o que eu não tinha. Porque quando a gente não tem e compra a primeira roupa, você não compra uma roupa. Você quer comprar muito. Depois eu lembro de chegar em casa e fiquei bem arrependida também.

Como é a sua relação com moda e maturidade? Você completou 52 anos e sabemos que a sociedade ainda é muito ultrapassada nesse quesito.

Eu acho que já melhorou bastante. Mas também acho que se você olhar para o todo, nunca vai conseguir ser feliz. A gente tem que olhar para dentro. A gente tem que olhar para a gente. Quando estamos falando de estilo, de moda, é uma coisa tão pessoal. É um gosto tão pessoal. E hoje em dia está tudo tão a favor do consumidor. Tem tudo. Tem a roupa curta, tem a roupa comprida, tem a roupa colorida, tem a roupa mais sóbria. E está tudo na moda. Você pode usar o seu bom salto, a sua roupa clássica. Como você pode usar uma roupa grunge, moderna, larga. Não importa. Você pode usar a roupa do seu guarda-roupa, do seu marido, do seu filho, do seu guarda-roupa. Hoje está tão bom. Me lembro bem, como eu sempre gostei de moda, sempre procurei a moda, sempre olhei para a moda. Eu me lembro que tinha época da ditadura da moda. Chegava o verão, tinha uma cor. Chegava o inverno, você tinha que ter roupa cinza, rosa. Você tinha que ter uma paleta no seu armário. Era complicadíssimo. Agora tudo sumiu. É claro que a gente tem uma tendência, que o mundo segue. Mas é apenas uma tendência. Então isso é muito legal de poder falar. A moda não tem a ver com a idade. Ela tem a ver com estado de espírito. A moda é você andar de acordo com o seu gosto e andar de acordo com o seu bolso. Isso é andar na moda. Dentro daquilo que você pode, você olhar no espelho e gostar daquilo que você está vendo.

Você tem mais de 6 milhões de seguidores no Instagram. Como você lida com as mídias sociais? Já chegou a pensar em deletar alguma coisa, algum comentário já te deixou mal?

Eu deleto só quando falam do meu filho. O resto eu deixo falar o que quiserem. Pode vir forte, que eu estou aqui bem forte também. Está tudo bem. Não estou nem aí. Não tiro foto que as pessoas não gostam. Ah, não gostei dessa. Foi um flop. Deixa o flop lá. Não tem problema nenhum. Deixa minha foto lá. Não tiro a foto. Não deleto comentário. Só deleto se envolve meu filho. Aí eu viro um bicho. Fala do filho pra ver se a mãe não vira um bicho na hora.

O cuidado com a saúde mental é um assunto muito importante na Glamour. Como você lida com ela? Você faz terapia?

Eu já fiz bastante. Já me dei alta também. Daqui a pouco, volto de novo. Eu estou naquela fase que me dei alta um pouco. Acho que todo mundo tem que fazer e se autoanalisar também. Acho importante não só você fazer análise, mas você conseguir entender quem você é, o que você quer, quem é você dentro desse mundão aqui, onde você quer chegar. Tudo isso faz parte da autoanálise também. É importante cuidar da cabeça de alguma maneira, seja ela qual for. Não necessariamente através da terapia, pode ser através de um esporte. No meu caso, a corrida me ajuda muito a me manter bem, a ficar feliz, a me sentir plena. O esporte me ajuda em todos os sentidos. Não só para o meu corpo, mas também para minha mente. É uma saída boa. Tem gente que também prefere outras coisas. Ler um livro, estudar, escapar, dar um pulinho na praia, ver o pôr do sol, escutar uma música. Cada um tem uma válvula de escape, só que ser uma válvula de escape saudável. Essa que é a questão. Você tem que saber escolher aquilo que realmente te faz bem. Não adianta ter uma válvula de escape que está no cigarro. Uma válvula de escape que está na bebida. Você tem que saber escolher aquilo que realmente te traz prazer e também faz bem para a saúde.
Imagem: DivulgaçãoAdriane Galisteu (Imagem:Divulgação)Adriane Galisteu 

Finalmente você vai contar a sua história sobre o Senna. Se você pode adiantar um pouquinho para a Glamour.

Então eu me sinto muito feliz de ter sido convidada. Vamos fazer um trabalho lindo. E quanto ao documentário, eu não posso falar muita coisa. O que eu posso dizer é que essa história minha, que estava lá guardadinha há 30 anos, reviveu. E ela merece ser contada para um público que não acompanhou. Pra um público mais jovem. Para um público que quer saber tudo o que aconteceu. Que quer conhecer um Ayrton diferente. Então essa galera vai ter a chance de acompanhar esse romance de 1994. É a coisa mais linda do mundo, vai acontecer ainda esse ano. É o que eu posso contar. Me aguardem. E também quero aproveitar e convidar a galera pra assistir o Barras Invisíveis. Que é o meu reality, que está na Universal+. Esse sim, já está inteiro, completo. A primeira e a segunda temporada. Aproveita esse tempo borocochô e maratona lá. Vai lá, pega uma pipoca e fica assistindo com a família que vocês vão se divertir.

Para encerrar, você estrela a próxima campanha da Cityblue, batizada de Sense. Qual a sua expectativa em relação a isso?

Estou super ansiosa pra fazer essas fotos. Vamos fazer uma campanha linda, maravilhosa, cara da mulher brasileira. Para mulher brasileira se sentir feliz, bem vestida, de acordo com o gosto dela. Porque tem de tudo. Tem a roupa mais larguinha, tem a roupa mais confort, tem o vestido mais sensual. Que é um pouco da nossa cara. A mulher brasileira, ela gosta um pouco de poder diversificar. Então a gente tem no armário, toda mulher tem uma roupa mais sexy. Toda mulher tem uma roupa mais larga. Uma roupa que ela se sente mais confortável, que ela se sente bonita. Eu acho que dentro do universo da marca tem para todas as mulheres.

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Tópicos: filho, adriane, moda