Teresina é a 4ª capital com menor número de pessoas que se declaram hétero

25/05/2022 14h46


Fonte meionorte.com

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarTeresina é a 4ª capital com menor número de pessoas que se declaram hétero(Imagem:Divulgação)Teresina é a 4ª capital com menor número de pessoas que se declaram hétero

Dados da pesquisa inédita do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na quarta-feira (25), aponta que Teresina é a quarta capital do país com o menor percentual de pessoas que se declararam heterossexuais. Os dados integram a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) - Quesito Orientação Sexual, que investigou, pela primeira vez, e em caráter experimental, essa característica da população brasileira.

Na capital piauiense, 92,4% das pessoas declararam que são heterossexuais; os índices só são menores em Brasília(92,2%), Campo Grande (90,9%) e Belém (90,6%).

Assim como outras pesquisas ao redor do mundo, a PNS captou a orientação sexual dos entrevistados a partir da autoidentificação. Não foram investigadas outras dimensões da orientação sexual, como atração ou comportamento sexual. A coordenadora da pesquisa explicou que há pessoas que se sentem atraídas por outras do mesmo sexo, ou que ainda praticam sexo com pessoas do mesmo sexo, mas que não se identificam como homossexuais ou bissexuais.

“O fato de uma pessoa se autoidentificar como heterossexual, não impede que ela tenha atração ou relação sexual com alguém do mesmo sexo. Para a captação dessas diferentes formas de avaliar a orientação sexual, seria necessária a investigação do comportamento e da atração sexual, conceitos diferentes da autoidentificação, que não foram investigados na PNS”, explica Maria Lucia Vieira.

No Piauí, 42 mil se declaram homossexuais ou bissexuais, indica IBGE

Pesquisa inédita do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na quarta-feira (25), aponta que cerca de 42 mil piauienses se declararam homossexuais ou bissexuais. Os dados integram a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) - Quesito Orientação Sexual, que investigou, pela primeira vez, e em caráter experimental, essa característica da população brasileira. O número corresponde a 1,7% da população do Estado. O levantamento ainda indica que 6,3%, ou seja, 154 mil pessoas não souberam ou não quiseram responder ao questionamento.

Em Teresina, o índice de pessoas que se declararam homossexuais e bissexuais é maior, representando 2,6% da população, ou seja, 18 mil pessoas. A pesquisa aponta também que 32 mil teresinenses, ou seja, 4,8% da população, não souberam ou preferiram não responder a pergunta sobre a orientação sexual.

No Brasil, cerca de 2,9 milhões de pessoas se declararam homossexuais ou bissexuais, em 2019, o que correspondia a 1,8% da população adulta, maior de 18 anos. Já 1,7 milhão não sabia sua orientação sexual e 3,6 milhões não quiseram responder. Os dados divulgados hoje (25) pelo IBGE, são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) - Quesito Orientação Sexual, que investigou, pela primeira vez, e em caráter experimental, essa característica da população brasileira.

Em 2019, havia 159,2 milhões de pessoas de 18 anos ou mais no país, das quais 53,2% eram mulheres e 46,8% eram homens. Desse total, 94,8% se declararam heterossexuais; 1,2% homossexuais; 0,7% bissexuais; 1,1% não sabiam sua orientação sexual; 2,3% não quiseram responder; e 0,1% declararam outra orientação sexual, como assexual e pansexual, por exemplo.

A pesquisa destaca também que 1,1% da população de 18 anos ou mais (ou 1,7 milhão) respondeu não saber sua orientação sexual. Já 2,3% não quiseram responder, o que corresponde 3,6 milhões de pessoas, número maior que o total da população que se declarou homossexual ou bissexual (2,9 milhões).

“O número de pessoas que não quiseram responder pode estar relacionado ao receio do entrevistado de se autoidentificar como homossexual ou bissexual e informar para outra pessoa sua orientação sexual. Diversos fatores podem interferir na verbalização da orientação sexual, como o contexto cultural, morar em cidades pequenas, o contexto familiar, se sentir inseguro para falar sobre o tema com uma pessoa estranha, a desconfiança com o uso da informação, a indefinição quanto a sua orientação sexual, a não compreensão dos termos homossexual e bissexual, entre outros” analisa a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.

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