PT e PSDB traçam estratégias e apostam na eleição de 2020 como decisiva para o futuro

27/10/2019 10h40


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarPT e PSDB traçam estratégias e apostam na eleição de 2020 como decisiva para o futuro.(Imagem:Cidadeverde.com)

As eleições municipais de 2020 estão sendo consideradas decisivas para as estratégias de fortalecimento de partidos como o PT e o PSDB. São legendas consideradas grandes, mas que enfrentam desafios em um cenário em que setores da sociedade pedem uma renovação das siglas e, em muitos casos, associam a política à corrupção. Os dois partidos querem, também, afastar as manchas deixadas pelas denúncias de envolvimento de alguns de seus líderes em casos de corrupção.

Em meio a essa desconfiança que paira sobre partidos e políticos, alguns setores levantaram bandeiras de renovação. E a eleição de 2020 passa a ser uma aposta importante. Líderes dos dois lados apontam que as estratégias do próximo ano irão contribuir para o resultado do futuro, mais precisamente, para as eleições estaduais e do presidente da República, em 2022.

No caso do PT, durante Congresso Estadual realizado em Teresina, a eleição de 2020 foi apresentada como uma questão de sobrevivência. A vice-governadora Regina Sousa chegou a declarar que o projeto do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), é destruir o partido. Segundo ela, quanto mais prefeitos o PT eleger, mais força terá para derrotar Bolsonaro em 2022.

“Esse governo não tem um projeto para o Brasil. O único projeto é destruir o PT. Isso é bem claro. Ele veio apenas para destruir o PT. É importante que nós não deixemos isso acontecer. O partido precisa se fortalecer. É importante que o PT possa se fazer presente no maior número de municípios”, afirmou.

Na mesma linha de Regina Sousa, a presidente nacional da sigla, Gleisi Roffmann, que esteve no Congresso Estadual em Teresina, afirma que a meta é eleger o maior número de prefeitos possível. No ano que antecede as eleições, o partido apresentou um programa de combate ao desemprego e busca mostrar sintonia com os desafios das cidades brasileiras.

“O governo Bolsonaro veio para destruir a estruturação do Estado brasileiro. Somos oposição a isso e apresentamos uma alternativa para o país com um projeto de geração de emprego e renda. Hoje o desemprego é o principal problema de estados e municípios. E são os prefeitos que estão mais perto dessas dificuldades”
, afirmou.

Na eleição de 2016, o PT elegeu 38 prefeitos no Piauí. Desse total, dois deixaram a sigla. Agora a meta para 2020 é eleger no mínimo 50 gestores municipais.

No PSDB, o pleito de 2020 também é considerado decisivo para o futuro do partido. Mas a legenda aposta todas as fichas na eleição da capital. O partido acredita que se conseguir eleger o sucessor do prefeito Firmino Filho (PSDB), que já administrou a cidade por quatro vezes, abre caminho para eleger Firmino como governador do Piauí em 2022.

Os tucanos avaliam que o PSDB só deixará de ser um partido da capital e ganhará espaço no interior do Estado, no momento em que tiver o comando do Palácio de Karnak. Segundo o presidente municipal da sigla, vereador Edson Melo, no Piauí, os partidos só crescem se tiverem relação com o governo.

“Lamentamos de deixar isso bem claro, mas todos os partidos políticos só crescem no interior do Piauí quando chegam ao Governo do Estado. O PSDB nunca chegou ao governo do Estado. Essa é a razão maior do partido não crescer no interior. Não adianta dizer o contrário porque no interior a política dos pequenos municípios é do lado do governo. Tem uma minoria fazendo oposição porque aqui e acolá consegue eleger um prefeito, que logo que se elege, passa a ser dependente do Governo do Estado e do governador. Na capital, o PSDB vai eleger o sucessor do prefeito Firmino Filho. E acreditamos que hoje o prefeito é o nome mais forte para ser governador do Piauí”
, afirma.



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Tópicos: governador, projeto, capital