Contradições na política ambiental geram desconfiança internacional e inibem combate ao desmatamento

06/12/2019 15h03


Fonte G1

Os sinais contraditórios da política ambiental do governo têm sido determinantes para inibir o combate ao desmatamento no Brasil. E isso tem sinais negativos no exterior.

Os movimento dúbios do governo têm desacreditado o país durante a reunião da COP 25, conferência do clima da ONU que acontece em Madri até o dia 13 de dezembro.

Se de um lado há ações para combater as queimadas e punir os infratores ambientais, do outro há flexibilização do discurso que passa a ser visto como uma espécie de sinal verde para desmatadores e infratores.

Um setor do governo tem agido. Essa semana, o blog revelou que uma força-tarefa da Advocacia Geral da União (AGU) ajuizou 16 ações civis públicas para cobrar R$ 555 milhões em multas de grandes desmatadores, em quatro estados da região da Amazônia Legal.

Ao mesmo tempo, houve redução expressiva de desmatamento na região amazônica no mês de outubro, quando operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) enviou as Forças Armadas para controlar os incêndios e combater o desmatamento.

Porém, esses bons exemplos são neutralizados pelos discursos oficiais que relativizam a questão ambiental. Um dos exemplos é a insistência do governo Bolsonaro de querer legalizar o garimpo em reservas indígenas, o que liberaria a prática em área equivalente a dois estados da Bahia.

A legalização tem causado forte reação internacional. A preocupação de ambientalistas em relação ao assunto é de que haja um aumento dos casos de garimpo ilegal em terras indígenas.

Tais contradições têm colocado o Brasil numa posição desconfiança em cúpulas como a COP 25.