MPT-PI firma acordos com prefeitos e gestores que divulgaram mensagens pedindo votos para candidatos
27/10/2022 08h55Fonte G1 PI
Imagem: Betto Lopes/TV Fronteira
Preparação das urnas eletrônicas foi realizada na 182ª Zona Eleitoral de Presidente Prudente (SP).
Preparação das urnas eletrônicas foi realizada na 182ª Zona Eleitoral de Presidente Prudente (SP).O Ministério Público do Trabalho no Piauí firmou Termos de Ajuste de Conduta (TAC) com o prefeito de Santa Filomena e o prefeito de Jardim do Mulato após denúncias que os gestores encaminharam mensagens pedindo votos para determinados candidatos. Os dois casos foram denunciados por assédio eleitoral contra servidores dos municípios.
O g1 não conseguiu contatos com os prefeitos e gestores denunciados.
Em Santa Filomena, a denúncia apontou que o prefeito encaminhou mensagens pedindo que os servidores votassem em um determinado candidato a presidência, alegando que a vitória dele acarretaria benefícios para a cidade. Também houve ameaças de demissões aos trabalhadores que não seguissem a orientação do gestor.
Na audiência, o prefeito negou o ilício, mas se comprometeu a abster-se de sugerir ou induzir os seus empregados a votarem em quaisquer candidatos, abster-se de discriminar ou perseguir servidores por convicções políticas, tais como ameaças de perder emprego, entre outros. O gestor também se comprometeu a não realizar manifestações políticas no ambiente de trabalho.
Jardim do Mulato
Já em Jardim do Mulato, o prefeito foi denunciado por ter permitido a prática de assédio eleitoral contra servidores do município por meio de mensagens enviadas pelo WhatsApp. Os áudios teriam sido encaminhados por um secretário municipal a um grupo formado por cerca de 190 participantes, entre os quais servidores efetivos, temporários, prestadores de serviços, gestores e terceiros.
Conforme o MPT, o prefeito encaminhou áudio pedindo votos a um candidato, afirmando que ele vem ajudando o município e que, se eleito, irá ajudar ainda mais. A denúncia ainda trouxe áudios de um vereador, também secretário municipal, que além de pedir o voto, afirma que, caso os trabalhadores lotados na prefeitura não votarem no candidato indicado pelo prefeito, haverá demissões e atrasos de salários.
Segundo o promotor do trabalho José Wellington Soares, o gestor reconheceu que enviou o áudio. No acordo firmado com o MPT, os gestores se comprometem a abster-se de sugerir, coagir ou induzir os trabalhadores a votar em quaisquer candidatos a cargos eletivos.
"O caso é uma violação ao direito do trabalhador ao voto livre, com ameaças. O Ministério Público do Trabalho tem atuado, firmemente em todas as denúncias que recebemos. O trabalhador tem direito a votar de acordo com sua consciência, no que acredita ser o melhor. Qualquer tentativa do contrário é uma ameaça a democracia e, portanto, crime", destacou o promotor.
Em todo o Piauí já são 27 denúncias de assédio eleitoral protocoladas junto ao Ministério Público do Trabalho. Em todo o Brasil, já são 1.633 casos, a maioria nas regiões Sudeste e Sul. O MPT reforça que os canais de denúncias seguem a disposição dos trabalhadores, através do www.prt22.mpt.mp.br, na Aba “Serviços/Denúncias”. Elas podem ser feitas de forma sigilosas e anônimas.
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