Anvisa lança banco de dados que permite comparar preços de produtos para a saúde

14/09/2010 23h34


Fonte Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou nesta terça-feira, 14 um banco de dados com informações de produtos para a saúde comercializados no país. A ferramenta permite que gestores, profissionais de saúde e outras pessoas interessadas comparem preços cobrados no Brasil e no exterior de itens como marcapassos e stents (tubos utilizados para tratar o entupimento de artérias).

De acordo com diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo, o projeto começou a ser desenvolvido em 2006. “Diferentemente dos medicamentos, na área de produtos para a saúde, existe uma desorganização do mercado. Os preços praticados não são uniformes”, explicou.

O banco de dados é parte de um acordo de cooperação técnica com a Agência Nacional de Saúde (ANS), que vai repassar as informações para operadoras de planos de saúde. O objetivo é evitar a compra de produtos com preços superiores aos praticados no mercado.

O diretor-presidente da ANS, Maurício Ceschin, lembrou que a Anvisa é a maior agência reguladora do país e que a ideia de as agências se unirem em prol do consumidor brasileiro tende a prosperar. Segundo ele, uma das questões consideradas cruciais é o nível de informação a que o cidadão tem direito para que possa tomar decisões.

“O banco de dados é o primeiro passo, vai trazer à luz uma questão que tínhamos dificuldade: como são comercializados, quais as margens e as condições de preço de materiais especiais no país”, disse. “É um marco inicial de um projeto que pode oferecer demais e trazer uma nova clareza em relação à saúde em geral e à saúde suplementar”, completou.

As informações de cada produto foram coletadas a partir de dados da própria Anvisa, de revistas especializadas, de pesquisas de empresas especializadas em auditoria médica e de dados provenientes de duas operadoras de saúde.

Em um primeiro momento, serão disponibilizadas apenas informações de cerca de 250 produtos da área de cardiologia. A ideia é que o banco seja atualizado constantemente e agrupe outras seis áreas: ortopedia, análises clínicas, terapia renal substitutiva, oftalmologia, otorrinolaringologia e hemoterapia.

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