Renato Gaúcho se vê em Gabigol, cita conselhos e brinca com o atacante do Flamengo: "Seria meu banco

15/08/2021 12h47


Fonte Globo esporte

 
Imagem: ReproduçãoClique para ampliarGol de barriga e a relação com os rubro-negros  - A torcida do Flamengo sempre pediu para tirar fotos comigo e 90% deles falavam:

Um mês de trabalho, nove jogos, oito vitórias, 29 gols marcados e apenas oito sofridos. Claro que ainda é cedo para avaliar, mas esses são números que refletem o melhor início de um técnico na história do Flamengo. Assim, Renato Gaúcho vai reconquistando a torcida rubro-negra. Pois o mesmo ídolo, que foi importante em títulos nas décadas de 1980 e 1990 dentro de campo, também cruzou o caminho do clube estando do lado adversário, tanto como jogador quanto treinador. E deixou feridas. Como esquecer do gol de barriga em 1995? E da rivalidade com o Grêmio em 2019? Mas agora Renato e Flamengo voltaram ao mesmo barco. Que por sinal, está de vento em popa.

Por quase 40 minutos, o técnico concedeu entrevista exclusiva ao Esporte Espetacular. Um bate-papo virtual, ainda por conta da pandemia, mas não menos espontâneo e divertido. Renato falou sério sobre o começo no Flamengo e explicou o porquê da rápida subida de produção do time. Também brincou, principalmente com Gabigol e Michael. Entre outros assuntos.

Neste domingo, Renato Gaúcho fará seu décimo jogo à frente do Flamengo. Será contra o Sport, às 16h, em Volta Redonda, pelo Campeonato Brasileiro, com transmissão ao vivo da TV Globo. E por falar em Sport, outro assunto que não poderia ficar fora é a polêmica Copa União de 1987.

- Tem sido ótimo. A maior dificuldade que tenho encontrado é a falta de tempo para treinar da maneira que eu gostaria, mas por outro lado a grande vantagem é que eu praticamente conhecia 90% do grupo do Flamengo. Conhecia bem os jogadores, suas características, isso me ajudou bastante. É importante todo tipo de treinamento para que eu possa conhecer ainda mais a parte tática juntamente do meu grupo. Um jogo a cada três dias realmente é um desgaste muito grande e a gente tem ficado muito tempo praticamente dentro de quatro paredes, trabalhando muito com o vídeo, justamente pela falta de tempo de trabalhar no campo. Resumindo tudo isso, sem dúvida alguma tem sido excepcional, os nossos resultados, tirando o do Internacional, mas o aproveitamento tem sido ótimo, até porque estamos disputando três competições, e cada jogo é uma decisão pra gente.

Segredo do encaixe rápido

- Era importante eu conhecer bem o grupo do Flamengo, mas eu confio bastante no meu trabalho e confio muito no meu grupo. Então, acho que a gente juntou as forças, conversamos bastante. Teve alguns ajustes aqui e ali, que é uma coisa normal de cada treinador quando chega, mesmo tendo pouco tempo. Tive algumas conversas importantes com o grupo, era necessário. Além de ter treinado com pouco tempo a parte tática, tive muita conversa principalmente no sentido de passar confiança e alegria no trabalho, é dessa maneira que o que eu gosto de trabalhar. Fui aos poucos ajustando, corrigindo, e deu no que deu. Mas os méritos todos são dos jogadores do Flamengo. O grupo é muito bom, são jogadores a nível de seleção brasileira, inteligentes. O treinador não tem que complicar as coisas, digamos assim, tem que procurar fazer alguns ajustes como foi feito e deixar eles jogarem. E os resultados estão aí.

Gol de barriga e a relação com os rubro-negros

- A torcida do Flamengo sempre pediu para tirar fotos comigo e 90% deles falavam: "Poxa, aquele gol de barriga... Mas você sempre honrou a camisa do Flamengo, ajudou a conquistar títulos também, então está perdoado". Acho que é essa relação, sempre fui ídolo da torcida do Flamengo. Na época do Fluminense eu sempre fui profissional, da mesma forma que eu fui quando coloquei a camisa do Flamengo. A maior prova de que o torcedor não ficou, digamos assim, tão bravo com o gol de barriga é que hoje ele me aceita como treinador do Flamengo. Então, se ainda tem um pouquinho de dívida por causa daquele gol, tenho certeza que tenho trabalhado bastante para conquistar títulos. A torcida está me aceitando bem e espero retribuir esse carinho todo colocando faixa no peito, dando volta olímpica, porque sou 100% vencedor, nasci para vencer como jogador e como treinador. E espero dar continuidade juntamente desse grupo. Eu falo isso quase todos os dias, que entro aqui no Ninho do Urubu e vejo as paredes todas com fotos lindas deles comemorando títulos merecidamente. Falo para eles que eu também quero estar naquela parede, mas para isso vou precisar da ajuda deles dentro de campo. Realmente são fotos lindas, mas tem algumas paredes em branco ainda por aqui e quero estar presente nelas comemorando títulos.


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