Narradores defendem e-sports nas Olimpíadas: "Tem desgaste mental"

27/06/2017 10h48


Fonte Globoesporte

Os e-sports, como são chamados alguns jogos eletrônicos que vem ganhando espaço e movimentando campeonatos ao redor do mundo inteiro, tem atraído cada vez mais adeptos e despertando uma questão: eles devem ou não serem considerados esportes e inseridos nos Jogos Olímpicos? No último fim de semana, os narradores Bida e Kauê Pimposo, alguns dos principais profissionais do cenário nacional, estiveram em Teresina participando do BSL-Nordeste e falaram sobre o assunto. Para eles, os e-sports reúnem as características necessárias para serem considerados esportes olímpicos, mas isto não é necessário para o desenvolvimento das modalidades.

Para Kauê, é necessário que o Comitê Olímpico não ignore o crescimento da modalidade. Segundo ele, o grande número de adeptos e as qualidade necessárias para se tornar um atleta profissional, presentes tanto em esportes tradicionais como nos jogadores de e-sports, são fatores suficientes para incluir os jogos eletrônicos nas Olimpíadas.

- Está crescendo muito o esporte, então eu acho que seria bacana. Acho que o pessoal que pode defender que não vai dizer que não é um esporte, que você fica sentado, não faz muita coisa. Mas a gente tem por exemplo o xadrez, em que você também fica sentado mas tem um desgaste mental muito grande. Então os e-sports são a mesma coisa, você tem o desgaste mental. Eu acho que com certeza deveria ser implantado nas Olimpíadas –diz.

Bida tem pensamento semelhante, mas dá menos importância a questão. Para ele, e-sports poderiam sim entrar no programa olímpico, mas isto não é necessário para que a modalidade continue crescendo e movimentando adeptos pelo mundo todo.

- Você precisa ser bem disciplinado, treinar, tem toda uma preparação mental e física também. As pessoas acham que é simples, mas é muito complicado ser um atleta profissional. Você sente muita pressão o tempo todo, assim como outros esportes. Tem tudo para ser considerado uma modalidade olímpica, mas ao mesmo tempo não é necessário. O beisebol, por exemplo, não é incluído como uma modalidade olímpica, mas todo mundo considera um esporte competitivo – explica.

E o Brasil?

Na opinião de quem vive o esporte nacionalmente, a inclusão nos Jogos Olímpicos não faria do Brasil uma potência, mas poderia ajudar a beliscar algumas medalhas, dependendo principalmente da modalidade.

- Em determinados jogos temos equipes brasileiras que são muito boas, em outros jogos estão mais ou menos. Mas eu acho que se rolasse um incentivo, alguma coisa maior, conseguiríamos revelar novos talentos e conseguiríamos revelar novos talentos – afirma Kauê.

- Em CS:GO, por exemplo, a gente tem o melhor time do mundo. O Lol e o Dota a gente teria muita dificuldade, mas o CS:GO seria muito favorável para o Brasil – complementa Bida.

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