Em defesa do ouro, Geração Z luta para não repetir vexames do passado e levar o Brasil a Tóquio

09/02/2020 10h45


Fonte Globoesporte.com

Imagem: Lucas Figueiredo / CBFJogadores e membros da comissão técnica da seleção sub-23 no vestiário(Imagem:Lucas Figueiredo / CBF)

Por muitas décadas, a seleção brasileira enfrentou as críticas e cobranças por nunca ter conquistado o ouro olímpico. O título inédito veio, enfim, no Rio de Janeiro, em 2016, diante do Maracanã lotado. Agora, a pressão é outra, pela defesa da medalha. Atual campeão, o Brasil decide uma vaga nos Jogos de Tóquio neste domingo, em clássico diante da Argentina, às 22h30 (de Brasília), na cidade de Bucaramanga, na Colômbia - a Globo transmite o confronto na TV aberta e SporTV, com Tempo Real no GloboEsporte.com.

A responsabilidade por levar a seleção sub-23 à Olimpíada estará nos pés de jogadores que, apesar de jovens, já estão acostumados com grandes desafios. Alguns deles já atuam na Europa, enquanto outros, como Reinier e Bruno Guimarães, acabam de acertar transferências milionárias para o Velho Continente.

Membros da Geração Z, como são chamados os nascidos entre 1995 e 2010, eles tentam evitar repetir os vexames de outros craques do passado que sucumbiram em Pré-Olímpicos.

Em 2004, por exemplo, a seleção brasileira era repleta de talentos, como Robinho, Diego, Nilmar, Elano, Luisão, Edu Dracena, entre outros. Todos eles tiveram carreiras de sucesso, conquistaram títulos no Brasil e no exterior, mas carregaram para sempre no currículo a mancha de não terem conseguido a classificação olímpica.

Naquele Pré-Olímpico, sob o comando de Ricardo Gomes, o Brasil precisava apenas de um empate na última rodada com o Paraguai, mas acabou derrotado.

– É uma desclassificação que vai ficar para toda a minha vida – afirmou Robinho, na época.

Em 1992, no Paraguai, a seleção brasileira também teve uma eliminação frustrante com uma geração que tinha Marcelinho Carioca, Dener, Cafu e Roberto Carlos.

Agora, os prodígios comandados por André Jardine tentam escrever uma nova história. Para isso, precisam vencer a Argentina. Um empate também pode garantir a classificação brasileira caso não haja vencedor na partida preliminar entre Uruguai e Colômbia, às 20h.

– Todo mundo quer estar na Olimpíada. Não só eu. Eu tive um monte de propostas, do futebol chinês inclusive, mas recusei para poder jogar a Olimpíada. Abri mão de muita coisa – afirmou o capitão Bruno Guimarães.

Ciente da pressão sobre os convocados, André Jardine tenta trabalhar o lado emocional de seus jogadores.

– A gente vai passar muita tranquilidade para eles, pela confiança que a gente tem no processo todo, na equipe e nas ideias que a gente construiu, mas especialmente na confiança que a gente tem neles, atletas que não estão aqui por acaso, atletas importantes, acostumados a jogar jogos decisivos. É passar essa tranquilidade e deixá-los muito conscientes de que nosso time está preparado e que eles possam desempenhar aquilo que estão acostumados a jogar. Que joguem de maneira natural, competitivos, organizados, mas com a parte mental forte e com tranquilidade para tomar as melhores decisões – declarou o treinador, na véspera da partida.

Se for a campo com o time que treinou no sábado, o Brasil enfrentará a Argentina com: Ivan, Guga, Robson Bambu, Bruno Fuchs e Caio Henrique; Bruno Guimarães, Matheus Henrique e Reinier; Pedrinho, Paulinho e Matheus Cunha.

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