Atlético-MG repete roteiro com Everson protagonista, tem sinergia com torcida e afasta crise
07/08/2025 09h08Fonte ge
O Atlético-MG está na quartas de final da Copa do Brasil, depois de eliminar o Flamengo nos pênaltis com o brilhantismo do goleiro Everson. Vaga que garante meta financeira e alívio, após semanas turbulentas. Mais fortalecido, o resultado dá uma injeção de otimismo para a sequência. No tempo normal, o Galo perdeu por 1 a 0 com dois tempos muitos distintos em campo.Antes mesmo de a bola rolar, mistério na escalação do Atlético, que saiu com quase 10 minutos de atraso, segundo a súmula. Cuca fez uma mudança em relação ao jogo de ida. Bancou o retorno de Guilherme Arana e sacou Igor Gomes.
Mas, uma alteração de última hora aconteceu. Saravia, com dores, ficou no banco, e Natanael começou jogando. Cuca revelou ele havia tomado duas injeções para tentar jogar.
O esquema tático mudou em relação ao jogo da ida. O Galo deixou de jogar com três zagueiros para defender com uma linha de quatro. Scarpa foi para o meio para Arana assumir a lateral esquerda.
Com a vitória por 1 a 0 na partida de ida, Cuca disse na entrevista pré-jogo que precisava também propor o jogo, não só defender. Mas, não foi isso que vimos nos primeiros minutos de partida. Com a maior posse de bola, o Flamengo encurralou o Atlético no campo defesa e pressionou. Aos 13 minutos, Pedro de fora da área levou perigo em finalização.
Imagem: Pedro Souza
Everson comemora classificação do Atlético-MG nos pênaltis diante do Flamengo.

Aos 20, o Flamengo abriu o placar com Cebolinha. Natanael, que estava na marcação, ficou no chão. O Atlético tentou dar uma reposta ao explorar os corredores e as finalizações de fora da área, com Hulk duas vezes de perna esquerda.
Mas, era o Flamengo quem mais levava perigo. De falta, Cebolinha quase ampliou. Aos 45, Pedro, sozinho dentro da pequena área, girou e bateu para fora. O Galo respondeu com Scarpa em finalização de fora da área, na melhor oportunidade da equipe alvinegra na etapa inicial.
Ficou barato para o time de Cuca no primeiro tempo. Poderia ter ido para o intervalo com o placar ainda mais adverso.
Imagem: Fernando Moreno/Agif
Everson, do Atlético-MG, pega pênalti contra o Flamengo.

Vale destacar o comportamento dos torcedores do Galo presentes na Arena MRV, que cantaram o hino e apoiaram o time a todo momento, mesmo após o gol sofrido. A tal falada "sinergia" entre campo e arquibancada aconteceu pela primeira vez com o estádio lotado nesta temporada.
Na etapa final, o Galo foi melhor. Rony saiu cara a cara com Rossi e bateu fraco. Scarpa carimbou a trave em chute da entrada da área. Cuello teve liberdade pelo lado esquerdo, setor onde surgiram os lances de mais perigo. Em um deles, Arana finalizou com perigo e, no rebote, Hulk tentou de letra. Sem força. O camisa 7 teve outra chance na partida em nova sobra dentro da área e chutou mascado para fora.
O nome da noite se consagrou, após o apito final. Nos pênaltis, Everson subiu mais uma prateleira na idolatria alvinegra. O goleiro pegou a penalidade de Samuel Lino, viu o jovem Wallace Yan isolar e converteu a última batida para garantir a vaga. Situação já tinha acontecido nos playoffs da Sul-Americana.
Vaga garantiu mais R$ 4.740.750,00 na conta do clube que enfrenta problemas financeiros graves. O Galo precisava disso, os torcedores também.
Com a vaga garantida, a música que ecoou nas arquibancadas e também no som do estádio foi "Vou Festejar", que ficou conhecida na voz de Beth Carvalho e que se tornou um hino da torcida do Atlético. De alma lavada, ao eliminar um dos maiores rivais da sua história, o Atlético segue sua trajetória, mais leve, mais confiante e com a torcida do lado.
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