Preterido contra o Paraguai, Robinho tem silêncio compreendido por Mano

10/07/2011 21h43


Fonte Globo.com

Imagem: AP.Clique para ampliarRobinho durante a partida entre Brasil e Paraguai, na qual ficou no banco.(Imagem:AP.)Robinho durante a partida entre Brasil e Paraguai, na qual ficou no banco.

Um dia depois de passar 90 minutos no banco de reservas da Seleção Brasileira, Robinho treinou com o time reserva na manhã deste domingo, em Campana. Ainda cabisbaixo pela situação atípica na sua trajetória pelo time nacional, o símbolo da era Dunga parece ter sentido o golpe de ficar entre os suplentes. Não falou depois do 2 a 2 com o Paraguai, em Córdoba, não brincou como de costume com os companheiros, durante a atividade. Para a partida contra o Equador, que define o futuro do time de Mano Menezes na Copa América, na noite da próxima quarta-feira, não tem retorno confirmado. Situação bem diferente da vivida há quatro anos, na Venezuela.

Na última edição da Copa América, Robinho foi o principal destaque do Brasil. Reserva no Real Madrid, o atacante gozava de outro status no time de Dunga: era titular absoluto e principal válvula de escape da equipe no ataque. Foi com o desenho dos dribles dos seus pés que a conquista da Copa América se fez. E seus gols o colocaram como artilheiro do torneio – foram seis gols em seis partidas.

Segundo atleta com mais convocações na Seleção Brasileira sob o comando de Dunga, com 53 partidas e 22 gols, Robinho se notabilizou como um ícone daquela geração. E, quatro anos depois, vê a sua situação com Mano se inverter. Situação que mereceu uma conversa breve para justificar a sua saída do time para a entrada de Jadson.

- Sempre que retiro um jogador da equipe tenha uma conversa pessoal porque entendo que preciso fazer isso. Não são longas porque são voltadas para questões objetivas. Precisávamos de mais um armador. Na primeira coletiva me perguntaram se ele seria um meia ou um atacante e eu disse que seria atacante. E se eu desse a posição de armador a ele, estaria prejudicando a Seleção e o próprio Robinho. Ontem eu queria um armador e por isso a escolha foi para um jogador com essa característica. E a coisa mais dura da vida de um técnico é que para colocar um você precisa tirar outro. E foi isso que aconteceu – justificou-se Mano, durante a coletiva deste domingo.

No jogo com o Paraguai, Robinho deu um abraço afetuoso em Jadson depois do gol do meia, ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, aqueceu e aqueceu. Em vão. Elano, Lucas e Fred, autor do gol de empate brasileiro, foram os escolhidos. Fato que o fez se calar no final da partida. O silêncio foi recebido por Mano como uma atitude compreensível.

- Falamos todos os momentos, temos uma relação ótima com todos os jogadores, e o mesmo acontece entre os atletas. Não acho que ao sair tenha de ficar satisfeito. Entendo que se recolha um pouco, não acho absurdo e cabe a todos respeitar.

O Brasil, que teve a tarde deste domingo de descanso, volta a treinar na tarde de segunda-feira, no campo do hotel onde a equipe está hospedada, em Campana. Na atividade, Robinho reencontrará os companheiros que estão no time titular e que neste domingo fizeram apenas um trabalho na academia. E começa a sua tentativa de retomada ao seleto grupo de Mano.


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