Grêmio goleia o Botafogo, fica no G-4, e agora torce pelo Independiente

05/12/2010 21h55


Fonte Globo Esporte

Terminou o Brasileirão 2010, mas não a angústia dos gremistas. Na tarde deste domingo, no Estádio Olímpico, o Grêmio venceu o Botafogo por 3 a 0, assegurando-se na 4ª colocação. Mas os tricolores gaúchos precisam esperar mais três dias para saber se disputarão a Taça Libertadores ou a Copa do Brasil no primeiro semestre de 2011.

Agora os gremistas apegam-se à camisa vermelha do Independiente. Na próxima quarta-feira os argentinos precisam impedir que o Goiás conquiste a Copa Sul-Americana. No jogo de ida, os goianos venceram por 2 a 0. Título do Independiente garante a classificação do Grêmio à Libertadores. Mas, se o Goiás confirmar a vantagem obtida no Serra Dourada, apropria-se da vaga tricolor.

Ainda assim, a torcida que praticamente lotou o Olímpico fez muita festa. Com 63 pontos, o Grêmio de Renato Gaúcho - técnico com 68% de aproveitamento na competição - teve a melhor campanha do segundo turno, o artilheiro (Jonas, com 23) e o melhor ataque. Contra o Botafogo, Jonas, André Lima e Douglas reafirmaram estes números.
O Botafogo, com 59 pontos, foi ultrapassado pelo Atlético-PR, e termina o Campeonato Brasileiro na 6ª colocação.

Pressão, ambulância e expulsão

Com Adilson recuperado, Renato Gaúcho escalou o time do Grêmio 100% titular. No Botafogo, Joel Santana manteve o sistema com três zagueiros, mas foi ainda mais cauteloso - iniciando a partida com Lucas Zen em lugar de Lúcio Flávio.

A estratégia tricolor foi a mesma de sempre no Olímpico: avassaladora. Aos 2m Jonas perdeu um gol praticamente feito, na pequena área; na sequência, Rafael Marques acertou o travessão; e Gabriel teve tempo ainda para pedir pênalti. Um lance atrás do outro.

Toda essa pressão arrefeceu dois minutos depois, quando Rafael Marques e Loco Abreu chocaram-se de cabeça. Toalhas foram utilizadas para abanar o centroavante uruguaio, e a ambulância foi solicitada pelo árbitro Sandro Meira Ricci - mas o jogador do Botafogo se reabilitou, e voltou à partida.

Outro incidente alheio à bola rolando também chamou a atenção. Fahel precisou deixar o campo para trocar a camisa, rasgada. Joel Santana impacientou-se com a demora do árbitro em autorizar o retorno do seu meio-campista. Revoltado, chutou uma garrafa d'água e ordenou a entrada de Fahel. Foi expulso.

- Isso é excesso de autoridade - disse Joel, enquanto deixava o campo acompanhado por um grupo de policiais militares.

Guerreiro Imortal e Mestre

Embora sem a agressividade inicial, o Grêmio seguiu controlando a partida após todos os episódios inusitados. E recebeu a recompensa aos 20. Pelos pés de André Lima, o 'Guerreiro Imortal'.

Jonas chutou forte, Jéfferson defendeu parcialmente, e o camisa 9 tricolor bateu para o gol, com a chuteira direita na qual inscreveu o apelido do clube - 'Imortal' - que ele também adotou.

Aos 33 o empate foi rejeitado por Victor. Em contra-ataque rápido, Loco Abreu chutou forte, e o goleiro da Seleção Brasileira impediu que houvesse igualdade no placar. Jefferson, também convocado por Mano Menezes, teve boa participação dois minutos depois, parando Jonas em cobrança de falta.

Mas o Mestre Jonas não veria empecilho para marcar aos 38. Ele recebeu de André Lima e chutou forte, com raiva. A bola rasteira ainda bateu na trave esquerda antes de entrar, rasteira: 2 a 0. Artilheiro isolado do Brasileirão 2010 com 23 gols, Jonas superou Renato Gaúcho na lista dos maiores goleadores da história do Grêmio - foi a 75, contra 74 do chefe.

Goleada com o Maestro

Vencendo, e assistindo a um adversário completamente abatido, o Grêmio diminuiu o ritmo no segundo tempo. Ainda mais quando ampliou logo cedo. Aos 8, em jogada que lembrou as facilidades de um treino recreativo, André Lima recebeu livre, tirou Jéfferson da jogada, e deixou o Maestro Douglas livre para fazer 3 a 0.
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Caio tentou fazer um pela honra botafoguense, mas acertou a trave. Lúcio fez o mesmo na outra área. E a torcida, inebriada pela grande atuação tricolor, nem se importou com o congelamento do placar em 3 a 0. Ao invés de pedir mais, apenas fez trilha sonora às trocas de passes:

- Olé, Olé! - gritaram os tricolores.

Em retribuição ao apoio, no final, Renato Gaúcho reuniu os jogadores no centro do gramado, e depois partiu com todo o grupo para comemorar o bom desfecho do ano com os gremistas, atrás do gol.

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