Atlético-PR vence, sai da lanterna e complica a situação do Santos

31/07/2011 21h40


Fonte Globo.com

Imagem: Agência EstadoSantos e Atlético-PR(Imagem:Agência Estado)Santos e Atlético-PR

No duelo dos desesperados da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, a festa foi do Atlético-PR. Depois de abrir 2 a 0 com gols relâmpagos no primeiro tempo, o Furacão foi acuado pelo Santos, que comandado por Neymar e Borges, chegou ao empate e teve pelo menos duas grandes chances para virar. No fim, um gol de Marcinho, de cabeça, fez a festa dos quase 19 mil torcedores presentes na Arena Baixada, que vibraram como nunca com a imporantíssima vitória por 3 a 2, na noite deste domingo.

Afinal, depois de muito tempo, o time paranaense não terminará a rodada como lanterna. O Furacão foi aos oito pontos, mesma pontuação do América-MG, mas leva vantagem por ter uma vitória a mais. Já o Santos, que sofreu seu segundo tropeço na semana (havia perdido para o Flamengo), segue na 17ª posição, com três pontos a mais e três jogos a menos que seus principais rivais.

Os dois times voltarão a campo no meio da semana. Na quinta-feira, o Furacão pega o Atlético-GO no Serra Dourada. Um dia antes, o Santos vai ao Rio enfrentar o Vasco, que está embalado pela vitória sobre o São Paulo.

Começo arrasador do Furacão e golaços de Cleber Santana e Neymar

Além da difícil situação que enfrentam na tabela, Atlético-PR e Santos ganharam mais um adversário na noite deste domingo: o gramado ruim da Arena da Baixada, que foi castigado pela forte chuva que caiu sem parar em Curitiba desde o início de domingo. No lado paranaense, Renato Gaúcho apostou em um meio-campo forte, com cinco homens, e apenas o uruguaio Morro Garcia na frente. Do lado santista, Muricy repetiu a força máxima que perdeu para o Flamengo, na última quarta-feira, na Vila Belmiro.

O Furacão, empurrado por sua torcida que compareceu em bom número (quase 19 mil pagantes), teve um início arrasador. Aos quatro, Cleber Santana aproveitou que a bola parou na poça, passou por Durval e Ibson, livrou-se de Edu Dracena e Pará e mandou no ângulo de Rafael: golaço. O Peixe mal teve tempo para respirar. Quatro minutos depois, em cobrança de escanteio, Manoel, de cabeça, fez 2 a 0. Mesmo após a pane inicial, o Peixe deu sinal de recuperação logo depois. Aos 13, em seu primeiro lance de perigo na partida, Neymar livrou-se como quis do marcador e, da entrada da área, mandou com categoria no canto direito de Renan Rocha: 2 a 1. Jogo eletrizante.

Daí para frente, o quadro ficou bem claro: de um lado, o Santos forte na frente, em busca do empate contra um Atlético-PR que se retraiu para buscar o contra-ataque. A troca de passes, um dos pontos fortes do Peixe, era muito prejudicada pelo gramado. Ganso era o que mais sofria no campo pesado. Do lado contrário, a válvula de escape era Marcinho aberto pela direita. O Peixe chegou com perigo em dois lances, aos 28 e 29, mas em ambos Renan Rocha trabalhou bem. Nos últimos 15 minutos, o time visitante passou a contolar o jogo. O Atlético-PR, aos trancos e barrancos, conseguiu se defender até o apito para o intervalo de Marcelo de Lima Henrique.

Borges deixa tudo igual, Neymar perde gol incrível e Marcinho marca no fim

Os dois times voltaram com as mesmas formações e atuando da mesma maneira que terminaram a etapa anterior: o Santos tomando a iniciativa da partida e o Atlético-PR tentando explorar os contra-ataques. A partida passou a ser marcada por fortes divididas de bola. Em uma delas, Neymar acertou Edilson e recebeu o cartão amarelo. Do lado paranaense, Renato Gaúcho, desesperado, pedia para o time sair de sua intermediária.

Aos 16, para tentar dar mais força ofensiva, ele sacou um meia (Branquinho) para colocar um atacante (Rodriguinho). No minuto seguinte, veio o castigo: após grande jogada de Pará pelo lado direito, Borges recebeu na área e não perdoou: 2 a 2. No ataque seguinte, o terceiro do Peixe não saiu porque Neymar, sem marcação e com goleiro batido, acertou o travessão.

Embora não tenha feito nenhuma alteração, Muricy mexeu nas suas peças em campo. Neymar saiu da esquerda e foi para a direita. Ibson ganhou mais liberdade pelo lado esquerdo, o mesmo ocorrendo com Elano pela direita. Ganso, mais centralizado, tentava dar ritmo ao time. No Atlético-PR, Rodriguinho fez a equipe pelo menos ter mais iniciativa ofensiva. Aos 22, Rentao Gaúcho queimou seu segundo cartucho, com a entrada de Dinei no ataque, na vaga do apagado Morro Garcia.

Do lado santista, Muricy não pensava em fazer alterações. Aos 34, o terceiro gol do Peixe novamente ficou muito perto, mas Ibson, na hora da finalização dentro da área, escorregou. Três minutos depois, nova mudança no Furacão: Wagner Diniz no lugar de Edilson. Já nos descontos, empurrado por sua torcida, o time da casa foi para a tentativa final e chegou ao gol com Marcinho de cabeça: 3 a 2. O caldeirão da Arena explodiu de alegria.