Há um ano, Fabinho marca após corta-luz que iluminou o acesso do River-PI
19/10/2016 11h35Fonte Globoesporte.com
Treina, ensaia, faz de novo até a exaustão. O ataque do River-PI vivia sob a doutrina - vencedora, diga-se - de Flávio Araújo na campanha do acesso à Série C. A vitória por 3 a 0 sobre o Lajeadense na ida das quartas de final da 4ª divisão do Campeonato Brasileiro de 2015 não era motivo para relaxar e tirar o pé, embora o resultado obtido em Teresina tivesse praticamente sacramentado a subida de divisão. Para o jogo da volta, em Lajeado, no friorento Rio Grande do Sul, nada de desfalques no time titular. Então, era dia de Fabinho, Eduardo, Júnior Xuxa e Esquerdinha destilarem talento em um dia consagrador. O Dia do Piauí. O dia do acesso.Imagem: Renan MoraisClique para ampliar
Mais baixo que os zagueiros do Lajeadense, Fabinho se destacou pela velocidade em campo.
Mais baixo que os zagueiros do Lajeadense, Fabinho se destacou pela velocidade em campo.A partida que garantiu um dos mais altos voos da história do Galo Carijó contou com a força de um baixinho afoito, empurrado por um time e inspirado em milhares de conterrâneos a léguas de distância.
Naquele 19 de outubro saiu dos pés de Fabinho o gol que confirmou o acesso com apenas 16 minutos de bola rolando no segundo tempo. Era o gol do empate em 1 a 1 com o time gaúcho e a certeza de que aquela velha jogada ensaiada repetida com afinco, no CT do Galo, tinha funcionado.
- Era uma jogadinha ensaiada porque nós sempre fazíamos nos treinos. Só que quem fazia o corta-luz era eu, mas, naquele dia, acabou que o Eduardo fez. Ele puxou no primeiro pau e eu vi a chance de chegar batendo de primeira. O grupo todo foi iluminado naquele dia, mas eu que consegui fazer o gol. Foi uma viagem muito tranquila até o Rio Grande do Sul, e sabíamos que ia ser um jogo difícil. Quando fiz esse gol, tive certeza que tínhamos conseguido subir. Pensei: é só gastar o tempo e soltar o grito do acesso – destacou Fabinho em meio às lembranças da data.
De quarta opção no leque de opções ofensivas de Flávio Araújo na pré-temporada ao dono do gol mais importante do River-PI em décadas. Após o apito final, a festa do camisa 11 no gramado da Arena Alviazul, casa do Lajeadense, com a bandeira do Piauí em punho, fez com que as recordações da carreira viessem à tona de forma espontânea. Fato que naturalmente aconteceu com os demais colegas de time.
- Foi uma oportunidade que tive na minha vida, coisa que não tive quando eu era mais novo. Eu subi para o profissional no Tiradentes-PI, mas nunca tive oportunidade jogar no River-PI. Me destaquei jogando no Timon e depois fui para o Parnahyba, conseguindo contribuir no centenário do Tubarão. Minha história é boa porque consegui fazer história por onde passei. Nesses quatro anos, foram mais alegrias do que tristezas – completa Fabinho.
A festa do acesso cruzou o Brasil no retorno do time para casa. O trajeto aéreo do elenco até Teresina foi cercado de expectativa por parte dos próprios atletas e também da torcida, que abarrotou o aeroporto Petrônio Portela, na capital piauiense. A chegada um dia depois do histórico empate fez a festa adentrar a noite e ecoar o hino do clube na mesma frequência das repetições dos treinos e jogadas lá do início do ano. Um dia inesquecível que ainda não terminou. E segue cristalizado no coração dos tricolores.
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