Em sua terceira Olimpíada, Sarah compara ciclos: "Amadurecimento"

05/06/2016 12h40

Fonte Globoesporte.com

Confirmada nos Jogos Olímpicos na última semana, quando a CBJ divulgou os atletas convocados para a competição, Sarah Menezes vai para sua terceira Olimpíada seguida. A judoca desembarcou em Teresina, sua cidade natal, na última sexta-feira para participar do lançamento do percurso da Tocha Olímpica no Piauí e concedeu entrevista coletiva, onde fez uma análise do seu crescimento entre os ciclos. Para ela, a principal diferença é o seu amadurecimento como atleta.


Sarah participou da sua primeira Olimpíada em Pequim, em 2008, quando foi eliminada na primeira luta. Na edição seguinte dos Jogos, em Londres 2012, a piauiense levou a medalha de ouro ao derrotar a belga Van Snick na final.

Agora no Rio, a judoca tentará o bicampeonato olímpico, uma meta difícil, mas que agora não assusta mais tanto. Sarah se vê mais madura, e toda a ansiedade é melhor controlada.

- O que eu vejo que mudou foi o meu amadurecimento, a tranquilidade. De um ciclo para o outro foi sendo mais natural. Não tinha mais curiosidade, eu já sabia quem eram os atletas, já tinha participado de mais treinamentos de campo internacionais, de competições. E em termos psicológicos, da tensão, foi uma coisa mais tranquila – afirma.

Antes da Olimpíada, Sarah tem mais um compromisso com a seleção feminina de judô, que irá passar por um período de treinamento de campo na França no mês de Junho. Depois disso, a judoca seguirá treinando no Rio de Janeiro, onde mora, até o dia da disputa olímpica, no mês de agosto.

Confira abaixo a entrevista completa de Sarah Menezes:

Olimpíada em Casa

Existe um pouco de tudo. Ansiedade, tensão, nervosismo, cobrança, mas o mais importante é o amadurecimento dos três ciclos olímpicos. Eu acredito muito que eu fui evoluindo bastante, de Pequim para Londres, de Londres para o Rio, e eu acredito que a torcida para mim vai ser bem positiva. Estamos fazendo todo o trabalho psicológico para que as coisas andem de maneira positiva durante a competição.

Psicológico

O psicológico eu trabalho com a Luciana Castelo Branco, que é a psicóloga da seleção brasileira. A gente vem trabalhando de maneira bem específica, momentos de lutas, pontos positivos, e os negativos quando aparecerem, saber como lidar com eles. Conseguir ter o controle emocional durante a luta, conseguir raciocinar, fazer as coisas pensando, não fazer por fazer. E os detalhes, que são a grande diferença na hora da competição.

O que falta?

Eu acredito que só falta chegar a data mesmo (risos), porque o resto já está sendo concluído. Treinando todos os dias, foco, e trabalhar os pequenos detalhes, que são a grande diferença. A gente procura a perfeição todos os dias.

Ansiedade

Vamos esperar a data que foi concretizada, esperar o dia 6 de agosto. A minha cabeça está com expectativa nessa data, não precisar mudar, nem antecipar e nem adiar. É esperar esse momento mesmo.

Crescimento na hora certa

Não é que dá confiança maior. Eu acredito que na vida do atleta existe altos e baixos. Eu passei por isso, e eu consegui lidar com essa situação. Acredito que eu cresci no momento certo, fico feliz com isso e continuar com os pensamentos sempre positivos e fazer o que eu sei de melhor, no momento exato.

Mudanças de um ciclo para outro

O que eu vejo que mudou foi o meu amadurecimento, a tranquilidade. A curiosidade da Vila (Olímpica) em si não existia mais, eu já sabia. Então de um ciclo para o outro foi sendo mais natural. Não tinha mais curiosidade, eu já sabia quem eram os atletas, já tinha participado de mais treinamentos de campo internacionais, de competições. E de termos psicológicos, da tensão, foi uma coisa mais tranquila.

Principais adversárias

Os dez primeiros do ranking são possíveis de chegar no pódio. Todo mundo tem essa capacidade. São estrategias diferentes para cada luta, e a gente está fazendo um estudo com cada atleta, fazendo vários planos, para que eu não seja surpreendida durante a Olimpíada.

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