Com gastos de R$ 100 mil/mês, Galo paga o triplo dos salários do 4 de Julho

07/05/2014 13h06


Fonte G1 PI

Imagem: Renan Morais/GLOBOESPORTE.COMClique para ampliarElizeu Aguiar: River-Pi tenta ser autossuficiente.(Imagem:Renan Morais/GLOBOESPORTE.COM)Elizeu Aguiar: River-Pi tenta ser autossuficiente.

River-PI e 4 de Julho, os dois times que fazem a decisão do segundo turno do Piaui no próximo sábado (10), guardam a semelhança de terem começado mal o campeonato e reagido posteriormente. Mas, se dentro de campo as campanhas são parecidas, a realidade fora das quatro linhas tem algumas diferenças, principalmente no aspecto financeiro. Para se ter uma ideia, a folha salarial do time da capital é três vezes maior que a da equipe do interior.

Quando se compara o patrimônio das duas equipes, a vantagem tricolor é grande. Entre os clubes que participaram do Piauiense, o River-PI tem o elenco mais caro, recheado de jogadores de outros estados e com salário acima da média. Sem dar valores exatos, o presidente do clube, Elizeu Aguiar, afirma que a folha salarial dos atletas gira em torno de R$ 100 mil por mês.

O clube tem algumas fontes de receita que contribuem para manter a equipe. Além de uma loja de roupas, patrocinadora oficial, uma empresa do ramo de alimentação cuida da comida dos atletas em troca da publicidade no uniforme. As outras fontes são as rendas com venda de ingressos e um repasse feito pela Timemania, loteria esportiva. Mas isso, segundo Elizeu, ainda não é o bastante.

- Desde que sou presidente do clube, trabalho para que ele seja autossuficiente, o que ainda não é. Esperamos conseguir isso em um ano ou dois, mas hoje o principal mantenedor do clube ainda é o presidente. Os times do interior tem uma vantagem tremenda porque são bancados pela prefeitura, o que não acontece em Teresina – afirma o mandatário riverino.

Imagem: Wenner Tito/GLOBOESPORTE.COMClique para ampliarLudjalma Sousa, dirigente do 4 de Julho: time tem que correr atrás de patrocinadores.(Imagem:Wenner Tito/GLOBOESPORTE.COM)Ludjalma Sousa, dirigente do 4 de Julho: time tem que correr atrás de patrocinadores.

Mas o discurso de Elizeu não coincide com a realidade financeira do 4 de Julho. A equipe de Piripiri tem como uma única fonte de renda a prefeitura municipal. A folha salarial do clube gira em torno de R$ 34 mil mensais, tendo tido um acréscimo recente como bonificação pela classificação para as semifinais. A prefeitura repassa R$ 30 mil por mês, além de bancar o transporte e ajudar na hospedagem de alguns atletas. Segundo o diretor financeiro Ludjalma Sousa, para custear todas as despesas é necessário "correr atrás".

- Estamos sempre no comércio atrás de alguns patrocínios pontuais, que ajudam com alguma coisa. Não arrecadamos nada com bilheteria, então tem que ser feito um certo malabarismo – diz Ludjalma.

Mesmo com todas as diferenças financeiras, 4 de Julho e River-PI fizeram campanhas parecidas no segundo turno do Piauiense. As duas equipes estão na decisão do segundo turno neste sábado (10), na Arena Ytacoatiara, em Piripiri. Em caso de empate no tempo normal, o 4 de Julho é campeão caso mantenha a igualdade na prorrogação. O campeão do returno enfrenta o Piauí na grande decisão do Piauiense 2014.

Tópicos: clube, piauiense, atletas