Campo do Lourival Parente e Verdão estão com obras em atraso e paradas

08/10/2014 11h15

Fonte G1 PI

Parece que o esporte não está mesmo entre as prioridades de infraestrutura para as autoridades no Piauí. Exemplos desse descaso são algumas obras que estão paralisadas e sequer tem prazo para entrega. Além do estádio Albertão, que foi reaberto sem passar por uma reforma, – apenas as rampas de acessibilidade foram feitas - o complexo esportivo do Parentão, no Bairro Lourival Parente, e o ginásio poliesportivo Verdão, estão entregues ao léu. O famoso campo da Zona Sul, que tinha prazo para reformas de três meses, nunca teve suas obras concluídas e a população aguarda há mais de dois anos. Já o Verdão, após quase um ano e meio do início da reforma, o que se encontra no local é apenas um canteiro de obras abandonado. (Veja o vídeo acima)

O campo do Parentão é famoso por revelar grandes talentos para o futebol do estado. No entanto, esse papel há muito não vem mais podendo ser desenvolvido. Com início das obras de reestruturação do campo, construção de um complexo com quadras poliesportivas e pista para caminhada em 2012, o que era para ser feito em 90 dias ao custo de R$500 mil, atualmente não passa de uma área com entulhos pelo poder público. Seu Raimundo Soares, técnico de categorias de base, disse que já descobriu vários jogadores no campinho e espera ansiosamente pela conclusão da reforma no espaço.

- Eu fico aqui olhando e prestando atenção nas obras que estão sendo realizadas, que era um projeto para ter sido entregue nesse ano e até agora nada. Nós esperamos que se conclua logo, porque estamos muito ansiosos por isso. Tenho certeza que vai ficar muito bonita, mas está demorando demais – frisou Seu Raimundo.

Outra canteiro de obras que caiu no esquecimento foi o Verdão. Maior praça poliesportiva do Piauí, o ginásio se transformou em um grande canteiro de obras, só que abandonado. A reforma do local foi iniciada em junho de 2013, sendo que a entrega seria feita em duas etapas: a primeira parte ao fim de novembro do mesmo ano e a conclusão geral em maio de 2014. Contudo, nem mesmo a fase inicial foi concluída, e a reforma, que foi retomada no mês de abril, voltou a ficar paralisada, o que tem gerado inúmeros prejuízos ao esporte local.

- A gente fica de mãos atadas para poder desenvolver, fazer um planejamento. O nosso futsal precisa desse espaço. O Cajuína representou duas vezes o nosso estado na Taça Brasil e agora estamos carentes de locais para praticar o esporte – disse Clemilton Miranda, técnico do Cajuína.


O cenário no local é de abandono. Tapumes e entulhos do lado externo contrastam com o valor orçado para a reforma que era de R$ 5 milhões. Outro setor do esporte a sofrer com a falta do ginásio é desporto escolar. Francisco Braz, presidente da Federação de Esportes Estudantis do Piauí (Feepi), lamentou a situação e disse que precisou recorrer a uma quadra particular para organizar as seletivas escolares.

- Infelizmente a gente está nessa espera. Até quando o Verdão vai ficar pronto? Nós tivemos recentemente a seletiva das escolas particulares e tivemos que organizar tudo em apenas um dia, graças o apoio do Diocesano, que nos cedeu a quadra para os jogos. É muito cansativo. O Verdão faz muita falta – comentou Braz.

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