Após pendurar as chuteiras, Vanin pode voltar a jogar pelo Cori-Sabbá

22/03/2013 15h25


Fonte G1 PI

Imagem: Wenner TitoVanin iniciou o Campeonato Piauiense como técnico do Cori, mas acabou virando auxiliar.(Imagem:Wenner Tito)Vanin iniciou o Campeonato Piauiense como técnico do Cori, mas acabou virando auxiliar.

Ele pode voltar. Com elenco limitado e sem dinheiro para mais contratações, o Cori-Sabbá regularizou o auxiliar técnico Faustivânio Fernandes, o Vanin, junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e viu o seu nome ser publicado no Boletim Informativo Diário (BID) na quinta-feira (21). Campeão piauiense em 1995 pelo alvinegro de Floriano e ex-lateral de Fluminense, Atlético-PR, Figueirense, entre outros, ele encerrou a carreira de jogador em 2010, mas já está à disposição do treinador Nelson Mourão para o caso de alguma eventualidade.

No comando do Cori-Sabbá desde a sétima rodada, Nelson Mourão esclarece que Vanin só deverá ser utilizado caso o elenco sofra duramente com a falta de atletas por lesão ou outro problema. A torcida, no entanto, é para que isto não seja necessário.

- Regularizamos o Vanin, mas não é para ele jogar logo. Ele vai ficar só de 'stand by'. O elenco é limitado e ele pode ser mais uma opção. Mas, se não precisar, não abro mão dele comigo na comissão técnica – explica Nelson Mourão.

Mesmo regularizado e inscrito no Estadual, Vanin garante que não pretende mais entrar em campo como jogador. Após pendurar as chuteiras em 2010, quando disputou o Campeonato Piauiense também pelo Cori-Sabbá, o ex-jogador decidiu focar na carreira de técnico. No início da competição, aliás, era ele quem comandava o alvinegro à beira do gramado. Os maus resultados, contudo, acabaram forçando a diretoria a contratar Nelson Mourão, mais experiente e com história no futebol piauiense. Agora como auxiliar, Vanin avalia o momento exige sacrifícios pelo clube.

- Meu desejo é ser técnico. Essa é a carreira que escolhi para mim. Mas a verdade é que precisamos de um meia e não temos mais dinheiro para contratar. Então, tiveram essa ideia de me utilizar. O time tem todo um projeto. Me deixaram montar um time e me ajudaram quando eu precisei. Agora não posso deixar o clube na mão – afirma Vanin.

Aos 37 anos, é natural que Vanin não tenha mais o mesmo vigor físico que foi sua marca em alguns dos maiores clubes do futebol brasileiro. Mesmo assim, ele garante que tem condições de entrar em campo quando for necessário. O auxiliar/jogador tem o respaldo do técnico Nelson Mourão. - Ele não está no ritmo bom que sempre teve, mas é um cara experiente. Já jogou em grandes clubes e ainda tem corpo de atleta – avalia o comandante alvinegro.

O próprio Vanin, mesmo não tendo vontade de retornar aos gramados, reafirma sua qualidade e confirma que está pronto para ajudar o time. Desde que Nelson Mourão chegou a Floriano, tem sido comum a sua utilização nos treinos coletivos, já que não há jogadores suficientes para montar dois times.

- Se precisarem de mim, não vou decepcionar. Eu só acho ruim porque não tenho mais condições de treinar forte como o resto do grupo treina. Mas ainda posso ajudar o time em campo – afirma.

Situação não é inédita no Piauí

Trocar o banco pelos gramados não chega a ser uma novidade no Campeonato Piauiense. No ano passado, Wando Santos deixou a prancheta e calçou as chuteiras para ajudar o Piauí a se recuperar no Estadual. Sua escalação pegou muita gente de surpresa, já que ele havia se aposentado em 2003, depois de passar por Flamengo-PI, Tiradentes-PI, River-PI, Cori-Sabbá, Oeiras, Ferroviário (CE) e Anapolina (GO).

Em 2012, a exemplo do que aconteceu com Vanin em 2013, Wando fazia a sua estreia como treinador. Em cinco rodadas à frente do Enxuga Rato, ele não teve um bom desempenho, contabilizando quatro derrotas e um empate. Dentro de campo, porém, ele liderou a reação rubro-anil que resultou no título simbólico do segundo turno do Campeonato Piauiense.

Carreira sólida

O desejo de contar com o futebol de Vanin não é por acaso. Campeão piauiense pelo Cori-Sabbá em 1995, o atleta construiu uma carreira sólida até pendurar as chuteiras, em 2010, novamente pelo alvinegro de Floriano. O primeiro grande clube da carreira de Vanin foi o Atlético-PR, time pelo qual marcou um gol na partida inaugural da Arena da Baixada, em amistoso vencido por 2 a 1 sobre o Cerro Porteño, em 1999. Em seguida, Vanin se transferiu para o Fluminense, indicado pelo hoje coordenador técnico da Seleção Brasileira, então treinador do Tricolor das Laranjeiras. O lateral, contudo, sequer jogou sob o seu comando. Demitido após o Torneio Rio-São Paulo 2000, Parreira foi substituído por Valdir Espinosa.

Um ano depois, Vanin defendeu o Figueirense e fez parte da campanha que levou o time catarinense à promoção para a Série A do Campeonato Piauiense.

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