1, 2, 3 e 4 vezes: Tiradentes se esforça para fazer gol, mas bola pune

15/12/2015 09h42

Fonte GEPI

Feliz dos jogadores de futebol que ficam marcados na história pelos gols importantes que fazem. Na história, alguns deles: o gol mil de Pelé, o gol de falta de Petkovic contra o Vasco no tri do Carioca em 2001, que ainda arrepia até aqueles que não são flamenguistas, o gol de Marta como a maior artilheira com a camisa da seleção. Todos eles importantes, bem consagrados. Porém, tem quem participe daquela lista mais tenebrosa, dos inesquecíveis gols perdidos.

Na final da Copa Piauí de futebol feminino, Andréa até que tentou entrar para a primeira lista... Mas nesta temporada ela ficou só na vontade em um lance que a bola teimou em não entrar.

Tentar, bem que ela tentou. Recebeu instrução, fez tudo como estava no figurino, mas quando a bola não quer entrar, não existe Marta que faça o contrário. Aos 14 minutos do segundo tempo, a partida era a final da Copa Piauí, e o São Paulo Star Pink estava vencendo o Tiradentes-PI por 1 a 0. Neste momento, para tentar a reação, um gol era mais do que necessário. Para a sorte do time, o gol não foi necessário. O Tigre virou o jogo para 3 a 1 e ficou com a taça.

A jogada começou com Isa, a lateral cruzou da direita para a área do São Paulo Star Pink. Do outro lado, Eliene com um tapa deixou a bola na medida para Andreia, no meio da área, livre de qualquer marcação e de frente para o gol, só completar. Mas não saiu bem como o imaginado.

Teimosa, a bola bateu na trave, sem equilíbrio a caprichosa ainda voltou no pé da volante que tentou bater, mas furou no lance. Para tentar concertar, Andreia levantou rápido e tocou para Rayssa, que tinha entrado há poucos minutos bater, mas pegou na bola tão estranho que subiu. A goleira Brenda ainda deu uma colher de chá e não segurou a bola, no arremate Eliene ainda tentou, mas a bola se perdeu na linha de fundo. Eis o gol mais perdido da história do futebol feminino do Piauí.

- Eu tentei. Eu bati de lado porque as meninas disseram que era apenas para dar um tapa, mas a bola não pegou direito. Quando voltou ou já estava caída, e não deu para pegar a bola. Se eu faço aquele gol, iria tirar a camisa, iria jogar, iria embora para a torcida e não voltava mais nunca – comentou o lance.


Andréa Karine é tímida na hora da entrevista, mas ao final da partida, uma das medalhas do título piauiense, que deu ao Tiradentes-PI a vaga na Copa do Brasil de 2016, tem endereço certo. Após ganhar uma camisa da seleção brasileira da goleira Andreia Suntaque, Andreia prometeu que uma das medalhas seria da goleira. Agora só falta cumprir a promessa, dessa vez sem furos.