Universitários fazem protesto contra nomeação de reitor da UFPI em Teresina

23/11/2020 18h10


Fonte g1

 Imagem: Divulgação
Ainda segundo Ellica, nenhum membro da reitoria e nem o reitor Gildásio dialogaram com os manifestantes durante o protesto. ?Ele não saiu e nem nos convidou a entrar, nem para conv(Imagem:Divulgação)
Um grupo de estudantes universitários realizaram um protesto nesta segunda-feira (23) em frente a reitoria da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina, contra a nomeação do professor Gildásio Guedes como reitor da instituição. O professor, que ficou em segundo colocado da lista tríplice, foi nomeado na quinta-feira (19) pelo presidente Jair Bolsonaro.

O G1 tentou contato com a assessoria de comunicação da UFPI, mas até o momento não obteve resposta.

O protesto começou por volta das 9h30 e foi encerrado às 13h. Os estudantes usaram cartazes e fizeram discursos contra a nomeação do reitor Gildásio Guedes, que o movimento chama de “interventor de Bolsonaro”.

Segundo a universitária Ellica Ramona, membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPI e presidente da União Estadual dos Estudantes do Piauí, para o protesto dessa segunda-feira foram mobilizadas poucas pessoas, para evitar aglomerações. O grupo pretende mobilizar novas manifestações no futuro. “Prezamos por uma representação mínima, simbólica, e com todos usando máscaras, álcool, sem gerar aglomerações”, disse a universitária.

De acordo com Ellica, os universitários discordam da forma como se deu a escolha do reitor, que foi nomeado diretamente pelo presidente Jair Bolsonaro. O professor ficou em segundo lugar na lista tríplice de candidatos ao cargo.

Para os universitários, o presidente deveria ter respeitado a escolha da comunidade acadêmica e nomeado o primeiro colocado, o professor André Macedo. “Acreditamos que esse é um processo válido, mesmo que tenha suas deficiências. É a melhor forma de escolher", disse.

Ainda segundo Ellica, nenhum membro da reitoria e nem o reitor Gildásio dialogaram com os manifestantes durante o protesto. “Ele não saiu e nem nos convidou a entrar, nem para conversar ou ouvir nossas reivindicações. Pelo contrário: quando chegamos, a reitoria estava cercada de seguranças”.

"O presidente nomear diretamente um reitor que não foi a escolha da comunidade acadêmica fere a autonomia da universidade. O certo é que ele, o professor Gildásio, não aceite essa nomeação, porque ele também é membro da comunidade acadêmica”, argumentou Éllica.


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