Pesquisa da Fiocruz aponta que Teresina possui 52 pontos de uso de crack

11/07/2011 10h45


Fonte Meio Norte

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarTeresina possui 52 pontos de uso de crack.(Imagem:Divulgação)Teresina possui 52 pontos de uso de crack.

Pesquisa feita pela Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) realizada em mais de um mês em todas as capitais brasileiras revelou que em Teresina existem 52 pontos de uso de crack de grave e gravíssimo movimento.

A direção da entidade Fazenda da Paz ofereceu domingo almoço para diretores do Sistema Integrado de Comunicação Meio Norte José Osmando de Araújo (consultor de Jornalismo), Auro Costa (jurídico) e Paulo de Tarso (gerente comercial), secretária de Redação do Jornal Meio Norte, jornalista Lúcia Bezerra; e para editora de Suplementos, jornalista Carolina Durães.

O fundador e coordenador da Fazenda da Paz, Célio Luiz Barbosa, afirmou que a pesquisa da Fiocruz detectou que só em Teresina existem 52 pontos de uso de crack.

Agora, a Fiocruz está fazendo os dados dos locais e endereços dos pontos de uso de crack. O levantamento aponta que as regiões com maior número de pontos de uso de crack estão no Dirceu, na zona Sudeste, no bairro São Joaquim e no bairro Matinha, na zona Norte, e na região da Rua Paissandu, no centro de Teresina.

A pesquisa foi realizada de novembro do ano passado até junho.

A cidade de Recife (PE) é a capital com o maior número de pontos de uso de crack com 560; em São Paulo são 460 pontos de usos crack e em Belo Horizonte (MG) são 380 pontos de uso de crack.

Teresina ocupa o 18º lugar entre as capitais brasileiras com maiores pontos de uso de crack.

Célio Luiz Barbosa disse que a entidade ofereceu o almoço aos diretores do Sistema Integrado Meio Norte por causa sucesso do segundo ano da campanha contra o crack, que resultou na Caminhada Um Minuto pela Vida. “Nós fizemos uma grande campanha que resultou em uma caminhada, que teve a participação de todos. Como bons parceiros, a Fazenda da Paz convidou os profissionais do Sistema Meio Norte para a gente ter uma um almoço de confraternização”, declarou.

Célio Luiz Barbosa afirmou que os projetos que a Fazenda da Paz são financiados por valores a menos do que realmente custam, mas nas oficinas os dependentes fazem alguns equipamentos, o que tornam os projetos mais baratos.

A Petrobras financiou por R$ 60 mil equipamentos para a produção de cajuína, mas para a fábrica custa de R$ 120 mil. Mas com os R$ 60 mil foi construída a fábrica de cajuína porque a própria Fazenda da Paz construir parte dos equipamentos.

A entidade recebeu R$ 25 do Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural) para a instalação de piso e reforma da fábrica de cajuína para obedecer as diretrizes da Vigilância Sanitária. O dinheiro era insuficiente, mas também por causa da construção de equipamentos pelos dependentes químicos a reforma foi possível.

Os amigos de Bérgamo (Itália) do Padre Pedro Balzin, um dos fundadores da Fazenda da Paz, doou dinheiro para a fábrica de beneficiamento de castanhas de caju. O projeto é de R$ 33 mil, mas uma fábrica completa fica em R$ 88 mil, mas a diferença vai ser compensada pelos equipamentos produzidos na própria entidade.

A Fazenda da Paz recolhe 90 toneladas de castanhas de caju, que vende a R$ 0,90 o quilo in natura. Com o beneficiamento, a venda será de R$ 18, R$ 19 o quilo da castanha beneficiada.

As castanhas poderão ser exportadas para a Itália. .

Justiça determina que caminhões, dinheiro e bens apreendidos com traficantes sejam doados para as comunidades terapêuticas da Fazenda da Paz

O juiz da 7ª Vara Criminal de Teresina, Almir Abib Tajra Filho, determinou que um caminhão, uma caminhonete e cerca de R$ 10 mil apreendidos com traficantes de drogas fossem doados para as comunidades terapêuticas mantidas pela entidade Fazenda da Paz. O caminhão está sendo usado para o transforme de material e da produção da comunidade terapêutica Fazenda da Esperança, em Timon (MA), onde 300 dependentes químicos fazem tratamento.

Um dos fundadores e coordenador da Fazenda da Paz, Célio Luiz Barbosa, afirmou que quando a entidade faz um pedido para que os bens e o material apreendidos com traficante de drogas sejam doados e convertidos em recursos para o tratamento de dependentes químicos.

“Os veículos em vez de ficarem em um local sendo deteriorado, a Justiça está repassando para as instituições e a Fazenda da Paz está recebendo as doações. Já recebemos um caminhão e uma caminhonete e alguns recursos apreendidos no combate ao tráfico, o que está nos ajudando a manter os internos”, falou Célio Luiz Barbosa.

Foram doados de uma vez R$ 7 mil e outra de cerca de R$ 1,5 mil, mas ainda tem várias doações que o juiz Almir Abib Tajra Filho.

Os juízes também estão destinando dinheiro de pagamento de sentenças pagas pelos agressores presos e indiciados na Lei Maria da Penha, que pune violência doméstica, para a Fazenda da Paz.

“São doações de pagamento de sentenças de penas alternativas como as de compra de cestas básicas. Os promotores de Justiça recomendam aos juízes que as doações sejam feitas para a Fazenda da Paz”, afirmou Almir Tajra Filho.

A Receita Federal também pode destinar o material apreendido e levado à leilão para o tratamento de dependentes químicos, os juízes federais também podem fazer o mesmo.

“A lei permite que os juízes destinem o dinheiro e os bens para entidades que atuem no tratamento, reinserção e na inclusão social de dependentes químicos”, afirmou Célio Luiz Barbosa.


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