Oito meses após vistorias, complexo de delegacias continua funcionando em situação precária

25/06/2019 14h19


Fonte G1 PI

Imagem: Catarina Costa / G1Complexo de Delegacias funciona no Centro de Teresina.(Imagem:Catarina Costa / G1)Complexo de Delegacias funciona no Centro de Teresina.

Após cerca de oito meses das vistorias que o Ministério público do Piauí e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI) realizaram no Complexo de Delegacias, localizado no Centro de Teresina nada mudou. Na ocasião, os órgãos constataram que há falta de estrutura para o trabalho. A equipe da TV Clube voltou a mostrar a situação de descaso na manhã desta terça-feira (25).

A Secretaria de Segurança informou que ainda não há data prevista para mudança do Complexo para outro local e que isso ainda está em fase de planejamento.

Profissionais e a população que buscam o local encontram um prédio sem acessibilidade, com paredes e forros com infiltrações. Na vistoria dos órgãos também foram encontradas fezes de pombo em vários locais e banheiros insalubres. A fiação fica exposta.

No complexo funcionam quatro delegacias: a da mulher, do idoso, de acidentes de trânsito e direitos humanos. A promotora de Justiça Luana Azeredo visitou o local e definiu a situação como "caótica, inviável, que submete a população e servidores a risco de acidentes".

"Constatamos que há falta de acessibilidade porque as delegacias funcionam uma em cada andar, vimos a precariedade em que trabalham delegados e agentes de polícia",
disse a promotora.

Cadeirante vai registrar BO e encontra delegacia sem acessibilidade

Em maio, o G1 mostrou a situação do cadeirante Wilson Gomes que após passar pelo constrangimento de urinar na roupa devido à falta de banheiros com acessibilidade na Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), passou por outra situação vexatória quando chegou à Delegacia de Direitos Humanos. Ele procurou o local para registrar um boletim de ocorrência sobre o episódio anterior.

A delegacia especializada fica instalada no terceiro andar do prédio, que também não tem acessibilidade. Para ter acesso às dependências da delegacia foi necessário subir vários lances de escada e uma agente teve que descer até a recepção para que o boletim de ocorrência fosse registrado.

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