Ambulância serve de táxi em aeroporto de Teresina, diz sindicato

16/04/2016 09h04


Fonte G1 PI

Imagem: Divulgação/SindconamAmbulância foi flagrada servindo de táxi em aeroporto de Teresina.(Imagem:Divulgação/Sindconam)Ambulância foi flagrada servindo de táxi em aeroporto de Teresina.

Mais uma ambulância municipal foi flagrada esta semana fazendo transporte irregular de passageiros em Teresina. Desta vez, um veículo da prefeitura de Padre Marcos, Sul do Piauí, foi visto servindo de táxi para uma mulher, que foi deixada com várias malas no aeroporto Petrônio Portela, Zona Norte da capital.

Ninguém da prefeitura de Padre Marcos foi encontrado para comentar o caso.

A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Condutores de Ambulâncias do Estado do Piauí (Sindconam), que avaliou o uso irregular do veículo como improbidade administrativa e prometeu entrar com ação civil no Ministério Público para coibir este tipo de transporte.

"As ambulâncias deveriam ser utilizadas para transportar pacientes e não servir como táxi para pessoas sadias. Os agentes públicos, mesmo diante das denúncias de irregularidades divulgadas nos últimos dias, continuam cometendo improbidade administrativa",
declarou o presidente Raniel Alcântara.

Para ele, outro problema que vem ocorrendo é a flata da presença de uma técnica de enfermagem durante o transporte de pacientes. O sindicalista alega que vai pedir ajuda do Ministério Público para resolver este impasse junto a Vigilância Sanitária e ao Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren).

"Quero saber se o condutor é quem deve avaliar a saúde do paciente? São várias irregularidades que devem ser resolvidas, entre elas o curso especializado para o motorista de ambulância, obrigatório, mas nem todos têm este registro na carteira",
pontuou.

Imagem: Catarina Costa/G1 PIPRF montou operação para fiscalizar situação de ambulâncias.(Imagem:Catarina Costa/G1 PI)PRF montou operação para fiscalizar situação de ambulâncias.

Operação
Desde a semana passada, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) vem realizando uma operação para fiscalizar as ambulâncias municipais. Cerca de 20 ambulâncias foram retidas por diversas irregularidades.

De acordo com o inspetor Tony Carlos, as principais infrações cometidas pelos motoristas de ambulâncias municipais são o transporte irregular de passageiros, ocupantes sem cinto de segurança e superlotação. Nestes casos, o veículo não fica retido, mas o condutor recebe a multa e só pode seguir viagem após regularização dos passageiros.

No final da operação, a PRF irá elaborar um relatório com todas as irregularidades verificadas durante as fiscalizações, que será entregue no Ministério Público Estadual e prefeituras municipais para regularização das ambulâncias.