Abandonado pela mãe, saúde do bebê com hidrocefalia é grave
02/03/2016 07h44Fonte G1 PI
Imagem: Catarina Costa/G1
Maternidade Dona Evangelina Rosa
Maternidade Dona Evangelina RosaUm bebê de cinco meses de idade com hidrocefalia abandonado pela mãe na maternidade Evangelina Rosa, em Teresina, no dia 6 de janeiro desse ano apresenta estado de saúde grave.
Em entrevista para o G1 nesta terça-feira (01), o diretor da maternidade, José Brito, informou que uma válvula foi colocada para drenar o líquido do cérebro do paciente, mas devido a pressão e as convulsões, o aparelho foi retirado e a situação está sendo controlada com várias medicações.
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José Brito, diretor da Maternidade Dona Evangelina Rosa.
José Brito, diretor da Maternidade Dona Evangelina Rosa.A criança nasceu no dia 17 de setembro de 2015 com apenas 34 semanas de gestação. José Brito informou que o bebê teve hemorragia ultracraniana, de nível grave 3, sendo que o caso evoluiu para hidrocefalia.
Após quatro meses internado, o bebê junto com a mãe tiveram alta em dezembro de 2015. No dia da primeira consulta, já em janeiro deste ano, a mãe aproveitou a ausência de funcionários no espaço de internação e abandonou o filho em cima da cama. Ao encontrarem a criança, os funcionários acionaram a direção que, através de câmeras de segurança, identificou a mãe. O caso foi relatado para o Conselho Tutelar de Teresina.
Na ausência da mãe, funcionários do Lar Maria João de Deus se reversam na maternidade para cuidar da criança. O bebê de cinco meses encontra-se internado na Ala D da Evangelina Rosa sob responsabilidade da Vara de Infância e Adolescência.
Abandono é crime
A equipe do G1 entrou em contato com a conselheira tutelar da Zona Sul de Teresina Rejane Braz, que afirmou ter repassado o caso para o Conselho Tutelar de União, cidade onde reside a mãe do bebê abandonado.
"Em União, acharam a mãe que tem 19 anos de idade. Ela falou que não queria o filho, assim como o pai e os avós maternos. Se ela tivesse informado na maternidade, logo após o parto, que não teria como cuidar da criança, os assistentes sociais teriam tomado as providências. Mas ela abandonou o filho semanas depois, isso configura crime por abandono de incapaz. É o mesmo que jogar uma criança no lixo. Ela deve responder pelo o crime na Justiça", delcarou.
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