Wellington Dias quer chapa com uma vaga para cada partido

08/01/2018 10h00


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarGovernador Wellington Dias (PT)(Imagem:Cidadeverde.com)Governador Wellington Dias (PT)

O governador Wellington Dias (PT) tem definida a estratégia que deseja levar a cabo para montar a chapa majoritária para as eleições deste ano. E a regra é a mais óbvia: oferecer uma vaga para cada partido. Óbvia mas não pacífica: há partidos que querem mais de uma vaga. Além disso, a chapa conta com quatro lugares, e são cinco grandes partidos na base do governo.

A visão de Wellington é a clássica alternativa de buscar ampliar a base que dá alicerce a uma chapa eleitoral. Ele já fez isso em 2014, quando cada um dos três grandes partidos que formavam a aliança que lhe dava apoio teve um lugar na chapa: o PT com a vaga de governador (o próprio Wellington), o PP com a vice (Margarete Coelho) e o PTB com a senatória (Elmano Ferrer).

Agora são quatro vagas. Uma a mais, porque serão renovadas duas cadeiras no Senado. Mas os “grandes da base” são cinco: PT, PP, PTB, MDB e PSD. Duas vagas estariam com donos definidos: o próprio Wellington, candidato à reeleição; e Ciro Nogueira (PP), também buscando a permanência no Senado. Essas duas definições prévias, acordadas ainda em 2014, determinariam os lugares do PT e PP. Mas aí sobram duas vagas para três siglas – MDB, PTB e PSD.

Vale esclarece que, quando Wellington fala em PTB está falando de aliados considerados fiéis, como Janaína Marques, Nerinho, Liziê Coelho e José Hamilton – um grupo que seguirá com o governo, ainda que tenha que mudar de sigla, no caso de João Vicente levar formalmente o PTB para a oposição. O mesmo raciocínio vale para o MDB, porque há o MDB governista e o oposicionista. O governador quer resolver o problema do PTB atraindo o próprio João Vicente para as filas governistas. E, no caso do MDB, espera a confirmação do controle do partido por nomes como Marcelo Castro, Themístocles Filho e Severo Eulálio, todos governistas.

Os problemas não terminam aí. Primeiro que o PSD de Júlio César Carvalho Lima deseja a vaga de senador para o próprio Júlio. E, mais importante, Ciro Nogueira quer dois postos para o seu PP. O mais complicador é que Ciro quer a vice, lugar que o MDB deseja o presidente da Assembleia Legislativas, deputado Themístocles Filho.

Vale lembrar ainda que o PT também deseja manter Regina Sousa candidata à reeleição para o Senado. Acredita-se que esse será um problema menor, já que o partido cederia no sentido de compor uma chapa que confirmasse o gigantismo da base em torno do atual governador.

De qualquer forma, para acomodar esses interesses em conflito, Wellington Dias terá que mostrar, mais que nunca, sua enorme capacidade de diálogo e convencimento.

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