Piauí não abre mão do Porto de Luís Correia, afirma Wellington Dias

16/08/2015 08h10


Fonte Governo do Piauí

O governador Wellington Dias (PT) pediu um tratamento especial pelo Governo Federal para o Porto de Luís Correia, visando sua conclusão, durante a reunião da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, nessa quinta-feira (13), em Brasília, que reuniu toda a bancada Federal piauiense e a vice-governadora Margarete Coelho.

Tratamento diferencial por ser um estado que precisa de apoio da União para o seu desenvolvimento econômico e por ser o estado que mais cresce proporcionalmente no Brasil (PIB passou de R$ 7 bilhões para R$ 30 bilhões).

Para o governador, trata-se de concluir uma obra inacabada, que já teve mais de R$ 250 milhões em investimentos e está no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Nosso povo nao consegue se conformar - nem eu - de sermos o único estado brasileiro com acesso ao mar sem ter um porto", frisou.

Imagem: Marcelo CardosoGovernador Wellington Dias (PT)(Imagem:Marcelo Cardoso)

Wellington adiantou que em consulta ao relator do processo do Porto junto ao TCU, ministro Vital do Rego, foi informado que não há nenhum impedimento para a retomada da obra. "Provavelmente se fosse hoje buscariamos outra localização, mas tecnicamente é viavel e é possível fazer onde já está", ressaltou.

Estudos apontam que o Porto de Luís Correia tem também viabilidade técnica de cargas, elencadas pelo governador, como a produção de cerca de 13 milhões de toneladas de grãos, sem incluir minérios.

O estado tem duas reservas de ferro certificadas em Paulista e Dom Inocêncio, totalizando mais de 1 bilhão de toneladas de ferro. Exporta mármore de pedra para revestimentos para a Europa. Agora, uma nova fronteira agrícola no Cerrado Norte prevê o aumento da produção de grãos. O estado também produz álcool. A empresa Terracal esta investindo R$ 2,5 milhões na região de Guadalupe e o Grupo Olho D'agua está em expansão no município de União. "Até pra fortalecer a vocação de estado exportador, o Piauí precisa do Porto", afirmou Dias.

Desde a sua origem, há 39 anos, o Porto de Luís Correia aponta possibilidade de ser uma obra mais sofisticada com capacidade para receber embarcações de 70 mil toneladas.

O ministro dos Portos, Edinho Araujo, fez um relato histórico de todos os recursos destinados para a obra e propôs a criação de uma comissão composta por representantes da Secretaria de Portos, técnicos dos governos Federal e Estadual e parlamentares para apontar soluções definitivas para o Porto de Luís Correia. "O povo piauiense merece uma resposta", afirmou.

Para a conclusão da obra, o governador Wellington Dias já apresentou proposta junto ao Governo Federal de parceria com contrapartida, pelo Estado, de cerca de R$ 130 milhões.

Roger Jacob, da Federação das Indústrias do Piauí (Fiepi) defendeu o Porto e a Zona de Processamento de Exportações (ZPE). "É um Porto do Brasil e não apenas do Piauí. Como faremos para ele de fato acontecer é um dos desafios desta comissão", declarou.

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Tópicos: comissão, obra, piauí