Ex-tesoureiro do PT e outras quatro pessoas viram réus por corrupção e lavagem de dinheiro

27/08/2021 06h49


Fonte G1


Imagem: ReproduçãoClique para ampliarEx-tesoureiro do PT e outras quatro pessoas viram réus por corrupção e lavagem de dinheiro(Imagem:Reprodução)

 O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto, duas mulheres que prestavam apoio ao partido e dois executivos da Doris Engenharia viraram réus por corrupção e lavagem de dinheiro em um processo oriundo da Operação Lava Jato.

A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi aceita em 20 de agosto, mas a ação teve o sigilo retirado nesta quinta-feira (26). O processo tramita na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, comandada pelo juiz Luiz Antônio Bonat.

Segundo os procuradores, eles são acusados de desviar mais de R$ 3 milhões de contratos de serviços de engenharia em navios plataforma da Petrobas.

Além da condenação, o pedido do MPF inclui multa pelos valores desviados e pelos danos causados à Petrobras e a solicitação de bloqueio de bens de R$ 7,3 milhões.

Conforme a denúncia, os executivos da empresa - subsidiária de um conglomerado francês - usaram um operador financeiro para pagar propinas ao ex-gerente-executivo da Petrobras Pedro Barusco em troca da obtenção de contratos de prestação de serviços de engenharia de oito navios plataforma da estatal de mais de US$ 200 milhões.

Além do então gerente da estatal, segundo a denúncia, Vaccari e o próprio operador financeiro, Zwi Skornicki, também foram destinatários da propina.


O MPF aponta que o dinheiro desviado foi repassado inicialmente pelo executivos da empresa de engenharia por meio de contrato fictício com uma empresa de consultoria do operador financeiro, totalizando R$ 3.658.500,13.

Depois, ainda de acordo com a denúncia, parte dos valores foi transferida pelo operador ao gerente da Petrobras em depósito em conta mantida na Suíça.

Segundo os procuradores, a propina destinada ao PT foi paga mediante outro contrato fictício com uma empresa do Rio de Janeiro que era controlada por duas irmãs associadas ao ex-tesoureiro.

Conforme a denúncia, foram identificadas 27 transferências bancárias entre 2011 e 2014 para as contas dessas empresa, somando quase R$ 650 mil.

O operador financeiro do esquema e o ex-gerente da Petrobras fecharam acordo de colaboração premiada com o MPF, confessaram os crimes praticados e entregaram documentos comprobatórios.


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Tópicos: empresa, gerente, petrobras