Ex-prefeito de Sebastião Leal é preso por corrupção ativa, desvio e lavagem de dinheiro público

12/12/2019 08h32


Fonte G1 PI

Imagem: Reprodução/FacebookEx-prefeito José Jeconias(Imagem:Reprodução/Facebook)Ex-prefeito José Jeconias

O ex-prefeitor de Sebastião Leal, José Jeconias, se apresentou na tarde desta quarta-feira (11) a sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e teve a prisão preventiva decretada. Ele é um dos investigados na Operação Bacuri, que prendeu o prefeito de Bertolínia, Luciano Fonseca, a esposa e mais sete pessoas na semana passada.

De acordo com a denúncia, José Jeconias é suspeito de organização criminosa, corrupção ativa, desvio de recursos públicos, crimes licitatórios e lavagem de dinheiro. O G1 tentou, mas ainda não conseguiu contato com a defesa do ex-prefeito de Sebastião Leal.

"A partir dos documentos apreendidos durante a operação e nas empresas do investigado, constatou-se que José Jeconias teria uma intensa participação na organização criminosa, sendo beneficiado em licitações fraudulentas, contratos irregulares, recebendo valores desviados do município e atuando na ocultação de patrimônio, também através de laranjas e de empresas fantasmas", diz a denúncia.

Conforme o Gaeco, todos os documentos indicam que, aparentemente, pelo menos desde 2013, o município de Bertolínia vem tendo recursos públicos desviados, através de contratos fictícios. "Os valores passaram pelas contas bancárias de todos os investigados, tanto diretamente, quanto através de laranjas e pessoas jurídicas das quais são eles sócios, dentre os quais o investigado José Jeconias", informou.

Imagem: Reprodução/FacebookClique para ampliarPrefeito Luciano Fonseca (PT), de Bertolínia.(Imagem:Reprodução/Facebook)Prefeito Luciano Fonseca (PT), de Bertolínia.
O ex-prefeito também foi doador da campanha do prefeito de Bertolínia em 2012 e que, conforme o relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE). As investigações apontaram que nos anos seguintes, as empresas de José Jeconias receberam vultosos pagamentos de Bertolínia, como principal fornecedor de combustíveis para os veículos do município.

Dos investigados na Operação Bacuri, apenas a mulher do prefeito de Bertolínia, Ringlasia Lino Fonseca, teve a prisão convertida para domiciliar. Os demais permanecem presos.