Dino diz que pedirá extradição de Anderson Torres caso ex-ministro não se entregue até segunda

13/01/2023 12h18


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoO que pesa contra Torres? Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando ocorreram, em 8 de janeiro, a invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congre(Imagem:Reprodução)
 O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta sexta-feira (13) que aguardará até a próxima segunda (16) para que o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, se entregue à Polícia Federal.

De acordo com ele, caso isso não aconteça, o governo dará início aos procedimentos para pedir a extradição de Torres.

"Vamos aguardar até a segunda-feira que a apresentação [de Torres à PF] ocorra. Caso a apresentação não se confirme, por intermédio dos mecanismos internacionais, vamos deflagrar na próxima semana os procedimentos voltados à extradição, uma vez que há ordem de prisão", declarou Dino.

A prisão de Torres foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Logo após a decisão se tornar pública, Torres informou, pelas redes sociais, que se entregaria. Ele está nos EUA, em férias com a família. Existe a expectativa de que ele chegue ao Brasil neste sábado (14).

O que pesa contra Torres?
Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando ocorreram, em 8 de janeiro, a invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF por bolsonaristas radicais que defendem um golpe para derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A suspeita é que Torres, em conjunto com setores da Polícia Militar do DF, tenha atuado para facilitar a ação dos terroristas bolsonaristas.

O então comandante da PM do DF, coronel Fábio Augusto Vieira, também teve a prisão decretada por Moraes e já se entregou.

Moraes também determinou o afastamento do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

Tanto o afastamento de Ibaneis, como as determinações de prisão de Torres e Vieira, foram submetidas à análise do plenário do Supremo Tribunal Federal, que manteve as decisões.

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