Defesa pede ao Supremo suspensão da investigação de Flávio Bolsonaro pelo MP do Rio

20/12/2019 08h25


Fonte G1

Imagem: Reprodução/TV GloboMP do Rio descreve esquema de

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão das investigações das quais ele é alvo no Rio de Janeiro.

O pedido chegou ao Supremo às 23h43 desta quarta-feira (18) e está em segredo de Justiça. O relator será Gilmar Mendes porque ele foi o ministro sorteado para analisar reclamação anterior da defesa referente ao mesmo caso. No início da noite, ele pediu informações "com urgência" para poder decidir.

Agora, Flávio Bolsonaro quer liminar (decisão provisória) para suspender a apuração do Ministério Público Estadual do Rio. A defesa do senador pede o trancamento da investigação, ou seja, o arquivamento.

Flávio Bolsonaro, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, é investigado por suspeita de ter montado um esquema de "rachadinha" quando era deputado estadual do Rio.

A prática da chamada "rachadinha" se dá quando um parlamentar exige de servidores comissionados no gabinete a devolução de parte dos salários. A defesa de Flávio Bolsonaro nega que ele tenha montado esquema do gênero.

A investigação sobre Flávio Bolsonaro ficou paralisada por cerca de quatro meses por decisão do Supremo.

A defesa argumenta que houve quebra de sigilo sem autorização judicial no compartilhamento pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com o Ministério Público de informações sobre o senador.

O caso ficou suspenso até o Supremo decidir sobre os critérios do compartilhamento. Depois que o STF validou o modelo de repasses de relatórios do Coaf para o Ministério Público, a apuração no Rio foi retomada.

Relatório do Ministério Público Estadual do Rio afirma que o senador depositou R$ 638,4 mil em dinheiro vivo na conta de um corretor e assim ocultou ganho ilícito com as chamadas "rachadinhas".

O relatório do MP faz parte do pedido de busca e apreensão realizada nesta quarta-feira (18) contra 24 alvos, entre os quais Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, e parentes dele e de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro.

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