Apenas três dos trinta deputados estaduais comparecem em audiência sobre feminicídio

02/06/2025 09h42


Fonte G1 PI

Imagem: Rede ClubeTrês dos trinta deputados estaduais comparecem em audiência sobre feminicídio e caso gera revolta.(Imagem:Rede Clube)Três dos trinta deputados estaduais comparecem em audiência sobre feminicídio e caso gera revolta.

Três dos trinta deputados estaduais do Piauí compareceram em audiência pública sobre o feminicídio realizada na sexta-feira (30), em Teresina, na Assembleia Legislativa do Estado do Piauí (Alepi). O caso gerou revolta entre as deputadas e demais órgãos presentes.

Feminicídio: é o assassinato de uma mulher por questões de gênero e se classifica dessa forma quando a vítima for mulher, envolver violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Segunda a delegada Vilma Alves, que se posicionou durante a audiência, o problema dessa ausência e da minoria feminina na Assembleia Legislativa é causado pelas escolhas feitas nas eleições.

"Ter poucas deputadas me deixa decepcionada. A culpa é nossa. Nós somos maioria de votantes, mas não valorizamos a mulher. Conquistamos nossos direitos, somos cidadãs, mas não somos respeitadas", relatou a delegada.

Procurada para falar sobre a ausência dos demais deputados, a Alepi informou que não vai se manifestar.

Em entrevista a Rede Clube, o defensor público, Marcus Vinicius Carvalho, explicou o que foi debatido na audiência. Segundo ele, foi discutido, entre outras coisas, a interiorização da Rede de Proteção a Mulher, que existe na capital, em Picos, São Raimundo Nonato e Floriano, mas falta implementar nos demais municípios piauienses.

"Um dos pontos mais importantes discutidos na audiência foi a importância da fusão das informações sobre o que são os diretos das mulheres, fazendo cumprir a Lei 14.164/2021, que institui a necessidade de ter nas escolares a discussão sobre o direito das mulheres e sobre o feminicídio", ressaltou Marcus Vinicius.

O defensor público informou ainda que estiveram presentes na audiência os movimentos populares de mulheres, os órgãos da Rede de Proteção, a Defensoria Pública, do Ministério Público, a Coordenadora do Juizado de Especiais, representantes da Ordem do Advogados do Brasil e deputados.

Em relação ao índice de criminalidade, de 2022 para 2025, 182 mulheres foram mortas por companheiros ou ex-companheiros e os casos continuam crescendo. Em 2024, foram 56 feminicídios, representando um aumento de 32% em relação ao ano anterior. Neste amo, foram registrados, até o momento, 19 mortes de mulheres nesse contexto.

Veja mais notícias sobre Política, clique em florianonews.com/politica