Aliados de Temer demonstram confiança em rejeição de denúncia

28/07/2017 10h09


Fonte Veja

A menos de uma semana da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara, aliados do governo tentam demonstrar confiança de que o resultado será favorável ao peemedebista.

Nesta quinta-feira, Temer ofereceu um jantar no Palácio do Jaburu, sua residência oficial, para ministros e parlamentares aliados. Na saída, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse que os defensores do presidente estão “absolutamente certos” de que a oposição “não tem nem perto” dos 342 votos necessários para aceitar a denúncia.

Outro integrante da tropa de choque, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) divulgou a estimativa dos governistas, de que cerca de 280 deputados estão comprometidos em comparecer na quarta-feira que vem, dia 2, e enterrar a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente por corrupção passiva. O número é suficiente para a rejeição, mas não para dar o quórum necessário, os mesmos 342 presentes.

Questionado, o líder do governo, André Moura (PSC-SE), disse que é responsabilidade da oposição garantir o número mínimo de parlamentares presentes: “A responsabilidade de dar quórum não é nossa, é da oposição. Eu já dei um exemplo disso no ano passado, no processo de impeachment [da presidenta Dilma Rousseff]. Quem tinha responsabilidade de dar quórum éramos nós, que éramos oposição à época. Nós trabalhamos e demos quórum”, disse.

Por precaução, no entanto, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) avisou que o governo já decidiu exonerar os ministros com mandato parlamentar para retornar à Câmara dos Deputados e apoiar Temer na votação. A medida representaria um total de treze votos a mais para o peemedebista. São catorze os deputados-ministros, mas o titular da Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE), é suplente do colega da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), que deve retornar ao Parlamento por um dia.