A apoiadores, Bolsonaro cita reação do mercado para justificar nota de quinta-feira

10/09/2021 16h07


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoPresidente Jair Bolsonaro.(Imagem:Reprodução)Presidente Jair Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro citou a reação do mercado financeiro na quinta-feira para justificar a apoiadores sua decisão de assinar uma nota recuando dos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em conversa com militantes em frente ao Palácio da Alvorada, ele deus ao parabéns aos envolvidos nas manifestações de 7 de Setembro e afirmou que "a gente está ganhando", mas que não se pode querer "imediatismo" para solução dos problemas do país.

"O que aconteceu às 3 [horas] da tarde de ontem? A bolsa foi lá para cima e o dólar caiu. Cada um fala o que quer, mas tem gente que não lê a nota e reclama", afirmou o presidente. Um vídeo com parte da fala com apoiadores foi divulgada por um canal bolsonarista na internet.

No dia 7, diante de apoiadores em Brasília e São Paulo, Bolsonaro disse que o ministro Alexandre de Moraes não tinha mais condições de integrar o STF e que não mais cumpriria suas decisões. Na quinta-feira, porém, afirmou que as desavenças têm que ser resolvidas por medidas judiciais e disse que palavras, "por vezes contundentes, decorreram do calor do momento".

Aos apoiadores, nesta sexta-feira, ele disse que as manifestações de terça, na qual manifestantes convocados por ele pediram o fechamento do STF e do Congresso, mostraram ao mundo o que acontece no Brasil.

"A gente vai acertando... O acúmulo de lixo, de problemas, é de 30, 40 anos. A gente está ganhando. Se o dólar dispara, influencia no combustível. Foi excepcional o trabalho de vocês, o retrato está no mundo todo e aqui também em Brasília. Todo mundo viu o que está acontecendo. Alguns querem imediatismo, mas, se você namorar e casar em uma semana, vai dar errado o seu casamento", argumentou.

Os militantes reclamaram ao presidente que estavam "sem resposta" após a divulgação da nota. Chamado de “Declaração à nação, o documento foi divulgado após almoço com o ex-presidente Michel Temer (MDB) e horas de conversas com ministros palacianos.

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