Delegada não descarta mais vítimas de professor preso por estupro de aluno no banheiro de escola

07/05/2022 08h54


Fonte G1 PI

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarDelegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente, em Teresina(Imagem:Reprodução)Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente, em Teresina

A Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga se existem mais vítimas do professor de matemática, preso nesta sexta-feira (6) pelo estupro de um aluno de 9 anos. Segundo a denúncia, o crime ocorreu em março dentro do banheiro da Escola Municipal Monteiro Lobato, na Zona Sul de Teresina, e após a denúncia o docente foi afastado.

De acordo com polícia, o computador e o celular do professor foram apreendidos e as provas materiais serão inseridas no procedimento policial. Ao g1, a delegada Lucivânia Vidal, coordenadora da DPCA, não quis revelar o conteúdo das provas encontradas.

Para a delegada, a prisão do professor pode incentivar que novas vítimas procurem a delegacia. Ela destacou que mesmo com a conclusão do inquérito policial sobre o estupro do estudante, a investigação continua para identificar mais vítimas.

"Por enquanto só existe essa vítima, mas a investigação continua. Às vezes com a prisão do suspeito dar uma certa confiança para outras vítimas denunciarem, já que o agressor faz ameaças e quem sofre o abuso está fragilizado", declarou.

Segundo Lucivânia Vidal, a maioria dos casos de abusos de vulnerável que chega na delegacia o agressor tem histórico de mais vítimas. No caso do professor preso, a delegada revelou que ele tem passagens na polícia por outros crimes.

"Quando um caso chega na delegacia, ele nunca é o primeiro caso do agressor e aquela nunca é a primeira vítima dele", ressaltou.

Vítima está traumatizada
A coordenadora da DPCA revelou que a criança vítima está traumatizada e por isso demorou a depor na delegacia. Em depoimento, o aluno afirmou que no dia do crime contou do estupro para a sua professora, mas ela não fez nada.

"Ele contou do estupro para professora assim que ocorreu o crime. Ela também foi indiciada por prevaricação, porque soube do caso e não denunciou", disse.

De acordo com a delegada, a vítima contou que o abuso ocorreu uma vez dentro do banheiro da escola e ela foi agredida, além de ameaçada pelo professor. A autoria do crime foi comprovada através de exame na criança.

"A investigação do caso começou início de abril. Colhemos os depoimentos, especialmente da vítima e tudo foi se encaixando. Quando observamos que tínhamos elementos suficientes para encerrar a investigação e entrar com o pedido da prisão preventiva", explicou.

Lucivânia informou que a Secretaria Municipal de Educação (Semec) foi oficializada do caso e cabe ao órgão abrir um procedimento administrativo contra o professor. O inquérito do caso será encaminhado para a Justiça.

Aulas suspensas

Desde o dia 25 de abril, as aulas presenciais na Escola Municipal Monteiro Lobato estão suspensas e com previsão de retorno para próxima segunda-feira (9). A decisão veio após a Secretaria Municipal de Educação (Semec) realizar uma reunião com os pais dos alunos, professores, Conselho Tutelar e moradores do bairro.

O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) chegou a solicitar um protocolo de segurança na escola. Ao g1, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) ficou de se posicionar posteriormente sobre a solicitação do Ministério Público.

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Tópicos: professor, estupro, v?tima