Bancário suspeito de furtar R$ 1,2 milhão é preso novamente após investigação da Polícia Civil

11/04/2023 15h50


Fonte G1 PI

Imagem: DivulgaçãoBancário suspeito de furtar R$ 1,2 milhão é preso novamente após investigação da Polícia Civil(Imagem:Divulgação)Bancário suspeito de furtar R$ 1,2 milhão é preso novamente após investigação da Polícia Civil

O sub-gerente de uma agência do Banco do Brasil de Teresina foi preso novamente nesta terça-feira (11), por furtar cerca de R$ 1,2 milhão da agência onde trabalhava, em janeiro. O homem havia sido preso em flagrante durante a fuga com o dinheiro, e foi preso novamente, agora por mandado de prisão.

A prisão aconteceu na casa do homem, no bairro São Cristóvão. No local os policiais encontraram outra parte do dinheiro furtado no furto que aconteceu em janeiro, cerca de R$ 90 mil. O dinheiro estava em cédulas de R$ 200 e alguns dólares.

Na primeira vez em que foi preso, os policiais encontraram com ele cerca de R$ 45 mil. Assim, até o momento, foram localizados cerca de R$ 135 mil do total de R$ 1,2 milhão.

Segundo o delegado Charles Pessoa, em janeiro ele foi preso pela Polícia Civil do Ceará, mas a Justiça do estado relaxou a prisão por entender que não estava em situação de flagrante. Os policiais do Draco então continuaram a investigação no Piauí.

"Todos os indícios apontam de que foi o responsável por cometer esse crime. Representamos pela prisão dele, e o Draco deu cumprimento hoje ao mandado de prisão e de buscas", explicou o delegado.

Ainda segundo o delegado, o homem alegou que sofreu de problemas psicológicos, e que estaria passando por uma crise financeira, como forma de justificar o crime.

"Não constatamos que ele tenha qualquer tipo de problema de saúde. Ele alega uma série de situações, mas o que constatamos é que ele de fato cometeu esse crime", disse o delegado.
Ele foi levado à sede do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), que investiga o caso, onde deve ser interrogado. Ele será encaminhado ao sistema penitenciário.

Funcionário de alto cargo

O bancário de 39 anos ocupava um alto cargo no banco, era um funcionário antigo e por vezes substituía a gerente da agência, conforme o delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco. Ele disse ainda ao g1 que o suspeito substituiu a gerente dois dias antes de fugir.

Conforme o delegado, por ter um alto cargo no banco e ser funcionário há muitos anos, ele dispunha de confiança e, por vezes, chegava a substituir a gerente da agência. Assim, ele tinha acesso ao cofre, o que permitiu acesso aos valores. A chave do cofre foi encontrada com ele pela polícia.

O Banco do Brasil informou ao g1 que acionou a polícia ao tomar conhecimento do caso e segue colaborando com as investigações.

O delegado contou que a forma como o valor foi levado ainda está sob apuração. Não se sabe se ele levou a quantia de uma única vez ou se fez vários furtos.

Durante a prisão em flagrante, em janeiro, a polícia encontrou R$ 21 mil no carro em que ele tentava fugir. Na casa dele, no mesmo dia, foram apreendidos outros R$ 20 mil.

Prisão

Ele foi preso pela primeira vez no dia 31 de janeiro ao tentar fugir do Piauí. O banco percebeu a ausência do dinheiro e acionou a polícia. Inicialmente, acreditava-se que o funcionário, que não tinha ido trabalhar, pudesse ter sido vítima de sequestro.

"Logo começamos as investigações e essa possibilidade foi descartada. Soubemos que ele estava em deslocamento para o Ceará", contou o delegado.

Após monitoramento, o homem foi localizado e preso. Conforme o delegado, a polícia também foi até a casa do funcionário e, na residência, encontrou mais uma parte do dinheiro.

Segundo Pessoa, os familiares do homem relataram que não sabiam o que estava acontecendo e acreditavam que ele estava no trabalho.

Crime de peculato

Ao ser preso, o homem declarou estar passando por problemas psicológicos. Contudo, segundo o delegado, ele deve responder pelo crime de peculato. O bancário não tinha passagens anteriores pela polícia.

Previsto no código penal, o crime de peculato é caracterizado quando um agente público se apropria ou desvia algum bem, se valendo da função que ocupa, em benefício próprio ou de terceiro. A pena prevista é de prisão de 2 a 12 anos e multa.

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