Voluntários prestam assistência emocional a pessoas angustiadas

07/09/2015 08h13


Fonte G1 PI

Imagem: Fernando Brito/G1Clique para ampliarVoluntários prestam gratuitamente assistência emocional por telefone.(Imagem:Fernando Brito/G1)

Um ato simples e que ajuda a salvar vidas de centenas de pessoas é desenvolvido por 30 voluntários no Centro de Teresina.

O projeto do Centro de Valorização da Vida (CVV) já existe há 29 anos no Piauí e oferece atendimento àqueles que estão enfrentando momentos de dificuldade e angústia.

A ajuda chega por meio de diálogo ao telefone ou em visita às pessoas que buscam por atendimento. Segundo o coordenador do CVV no estado, Eyder Mendes, o intuito do grupo é de prestar assistência emocional para quem está desamparado, ou seja, 'ser o ombro amigo'.

"A nossa vocação é conversar com as pessoas. Damos o tempo que ela quiser para desabafar, sem cobrar pelo atendimento, pois não temos fins lucrativos, nem vínculo com qualquer religião ou tendência política", destacou.

Imagem: Catarina Costa / G1Para coordenador, projeto oferece como serviço conversar com as pessoas.(Imagem:Catarina Costa / G1)Para coordenador, projeto oferece como serviço conversar com as pessoas.

No Brasil, o projeto é oferecido há 52 anos e somente chegou ao Piauí através de um grupo de jovens que conheceu o trabalho fora do estado e resolveu implantá-lo aqui. "Desde lá venho perseguindo este sonho, com a meta de oferecer atendimento 24h por dia e sete dias por semana", ressaltou Eyder.

Os voluntários não dão conselhos, apenas ouvem a outra pessoa, levam ela a refletir sobre a vida e das possibilidades de encontrar um caminho. Em média, o CVV realiza 300 atendimentos mensais pelo telefone, no horário de 8h às 17h.

"Atualmente tivemos uma queda no atendimento, devido a troca de horário de um voluntário para o domingo, que antes só funcionava em um turno. Agora em alguns dias da semana estavamos recebendo ligações a partir das 10h, pedimos a compreensão das pessoas, mas o nosso trabalho depende do horário livre dos atendentes", contou o coordenador.

Eyder falou que o perfil das pessoas que procuram o CVV para conversar é diversificado quanto a sexo, idade e classe social e isso exige uma postura diferente para cada atendimento.

"Percebemos que as pessoas sentem falta de manter relações interpessoais. Quando elas vêm até nós, tentamos mostrar que há opções, novos caminhos. Realizamos por meio do diálogo um trabalho de amor, solidariedade e altruísmo",
disse.

O coordenador explica que para se tornar voluntário é necessário preencher os seguintes critérios: ser maior de 18 anos, saber ler e escrever, ouvir o outro sem julgamentos, ter disponibilidade de tempo e participar de um curso de capacitação.

"O voluntário precisa ter calor humano, espírito solidário, respeito e um coração enorme. É uma mudança interna que ele também deverá sentir. O mundo passará a ser visto de outra forma", revelou.

Para Eyder Mendes, o resultado do trabalho voluntário é o retorno de quem é atendido, além disso, ele destaca o sentimento de saber que está ajudando o próximo.

"As pessoas agradecem, elogiam, ligam várias vezes. Elas ficam surpresas por terem alguém do outro lado da linha com disponibilidade de parar e escutar. Quando se escolhe ser voluntário, sem ganhar nada material, sabemos que haverá uma realização pessoal de salvar vida, se sentir útil", declarou.

O Centro de Valorização da Vida funciona no prédio da Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social (Semtcas), localizado na rua Álvaro Mendes, nº 861, Centro, por trás da Prefeitura Municipal de Teresina. O atendimento também é feito pelo telefone 3222-0000.

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