Transnordestina já está 50% concluída no Piauí

11/04/2012 10h26


Fonte Meio Norte

Imagem: DivulgaçãoTransnordestina já está 50% concluída no Piauí.(Imagem:Divulgação)Transnordestina já está 50% concluída no Piauí.

Principal obra estruturante em execução no Nordeste, a ferrovia Transnordestina ganha novo ritmo. E o trecho no Estado do Piauí já conta com 50% da obra de infraestrutura concluída, conforme revelou a construtora Odebrecht, responsável pela ferrovia. A previsão é que a obra esteja concluída até o final de 2014, criando uma ligação do Centro-Sul piauiense com os portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará.

A Transnordestina é considerada estratégica para o desenvolvimento do Nordeste. No caso do Piauí, onde terá 412 km de extensão, a partir de Elizeu Martins até a fronteira com Pernambuco, a ferrovia é determinante para o fortalecimento da fronteira agrícola dos cerrados. Também é crucial para a expansão do setor agroindustrial, bem como os futuros polos de gás (na região de Floriano) e mineral (em Paulistana e Capitão Gervásio Oliveira).

De acordo com a construtora Odebrecht, a infraestrutura corresponde á primeira fase de toda a obra, e que esta fase já foi metade realizada. Uma das preocupações nesta fase é garantir a inclinação de até 15 metros a cada quilômetro da ferrovia, cuidado necessário para assegurar melhor qualidade no transporte de cargas.

A construtora confirma que, após concluir a primeira etapa das atividades de infraestrutura no lote de Itaueira, começou a manejar recursos do local para outros lotes, principalmente para as áreas atendidas pelos lotes da região de Paulistana. O processo de transição deverá ser concluído até o final do mês de maio deste ano.

A Transnordestina, construída em bitola larga e, em alguns trechos, mista, é uma ferrovia de classe mundial, responsável por interligar os estados do Piauí, Ceará e Maranhão, numa extensão total de 1.728 quilômetros.

O empreendimento contempla também a instalação de terminais portuários de exportação de granéis sólidos, implantados estrategicamente próximos aos principais mercados consumidores e em portos capazes de operar com navios Cape Size, o que garantirá maior competitividade ao negócio. Dois mil trabalhadores estão trabalhando na obra. A capacidade de transporte de cargas na ferrovia será de 32 toneladas/eixo.

A produção e transporte anual chegarão a 30 milhões de toneladas, inicialmente, podendo ultrapassar 100 milhões de toneladas quando estiver totalmente sinalizada. No Piauí, as principais cargas transportadas serão minério e grãos, principalmente da região sudeste, além de gesso proveniente da região fronteiriça a Pernambuco.

Obras movimentaram 7 milhões de m³ de terras

A construção da ferrovia Nova Transnordestina no Piauí já movimentou mais de 7 milhões de metros cúbicos de terra no processo de terraplenagem, volume que daria para encher cerca de 440 mil caminhões basculantes. As obras ganharam novo ritmo, com maior produtividade, a partir do reforço dos lotes 6 e 7, na região de Paulistana, no semiárido piauiense no mês passado.

Os trabalhos de construção da Transnordestina, que terá 412 quilômetros de trilhos no Piauí, ligando o município de Eliseu Martins ao porto de Suape, em Pernambuco, estão divididos em duas etapas. A primeira delas, em andamento, corresponde à parte de infraestrutura. A segunda, à de superestrutura, corresponde à colocação de dormentes e trilhos.

No trecho piauiense, já foram construídos 4 mil metros de bueiros e está sendo construída uma ponte sobre o rio Canindé, na localidade Cachoeira, zona rural de Paulistana, com 775 metros de comprimento. A ponte terá 30 pilastras, algumas delas com 45 metros de altura. Mais sete projetos focados na construção de novas pontes e viadutos estão em andamento.

Em seu trecho no Piauí, a ferrovia terá dois pátios de manobras, com previsão de conclusão para 2014. Atualmente o empreendimento movimenta frentes de serviço de milhares de pessoas nos municípios de Betânia do Piauí, Bela Vista do Piauí, São Francisco de Assis, Campo Alegre do Fidalgo, Curral Novo do Piauí e Nova Santa Rita, áreas atendidas pelo lote de Paulistana.

De acordo com a construtora Odebrecht, 50% da infraestrutura da Transnordestina está pronta responsável pela execução da obra, 50% de toda infraestrutura foi concluída, tendo como característica importante garantir a inclinação de até 15 metros a cada quilômetro da ferrovia, cuidado necessário para assegurar melhor qualidade no transporte de cargas.

A construtora confirma que, após concluir a primeira etapa das atividades de infraestrutura no lote de Itaueira, começou a manejar recursos do local para outros lotes, principalmente para as áreas atendidas pelos lotes da região de Paulistana. O processo de transição deverá ser concluído até o final do mês de maio deste ano.

A Transnordestina, construída em bitola larga e, em alguns trechos, mista, é uma ferrovia de classe mundial, responsável por interligar os estados do Piauí, Ceará e Maranhão, numa extensão total de 1.728 quilômetros.

O empreendimento contempla também a instalação de terminais portuários de exportação de granéis sólidos, implantados estrategicamente próximos aos principais mercados consumidores e em portos capazes de operar com navios Cape Size, o que garantirá maior competitividade ao negócio. A capacidade de transporte de cargas na ferrovia será de 32 toneladas/eixo.

“Obra vai globalizar a economia”, afirma Wilson

A concretização da Transnordestina vai assegurar um novo perfil econômico para o Piauí. Quem assim avalia é o governador Wilson Martins. “Esta é uma obra que cria novas condições para os cerrados e amplia enormemente as perspectivas para os polos mineral e agroindustrial, bem como a produção de gás”, destaca.

Segundo o governador, somente a perspectiva da instalação da ferrovia já está atraindo o interesse de grandes investidores. Ele cita empresas do setor de alimentos – como frigoríficos – , que estão associadas à produção de grãos e passam a ter maiores perspectivas com a ferrovia. “A Transnordestina abre perspectivas maiores e globaliza da forma mais ampla possível a nossa economia”, ressalta Wilson.

O governo do estado teve especial empenho na desapropriação das terras no trajeto da ferrovia. Praticamente todas as pendências foram resolvidas, permitindo que a construção tenha o ritmo acelerado que agora alcança.