TJ aprova projeto que extingue e agrega 36 comarcas no PiauÃ
12/07/2016 08h33Fonte G1 PI
Imagem: Catarina Costa/G1 PI
Processo de incorporação de comarcas foi avaliado no Tribunal de Justiça.
Processo de incorporação de comarcas foi avaliado no Tribunal de Justiça.Após sessão que durou quatro horas realizada no plenário do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), nesta segunda-feira (11), os desembargadores aprovaram o projeto que agrega/extingue comarcas do Piauí. O projeto reduz o número de comarcas de 95 para 59 e, de imediato, 19 circunscrições serão agregadas e terão os seus acervos e servidores remanejados para a sede.
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Juiz Antônio Oliveira destacou vantagens na agregação.
Juiz Antônio Oliveira destacou vantagens na agregação.De acordo com o juiz auxiliar da presidência Antônio Oliveira, coordenador do projeto, o critério utilizado para a agregação foi o número de processos atendidos pelas circunscrições. Aquelas que atendem a um número de processos inferior a 417 por ano, entraram no projeto.
Ele explicou também que as comarcas agregadas continuarão a funcionar nas cidades onde existem com apenas um servidor efetivo. Esse servidor vai receber as demandas da população e enviar para a comarca central, onde foi agregada.
“Não será a extinção, mas sim a agregação dessas comarcas que têm o número mínimo de processos. Isso vai trazer eficiência para a Justiça do estado e uma melhor prestação de serviços para a população. Além disso, o processo equaliza a força de trabalho da Justiça e proporciona uma maior concentração de investimentos para o judiciário do estado”, contou Antônio Oliveira garantindo que o projeto trará benefícios para a população.
Quem é contra o projeto é o Sindicato dos servidores da justiça (Sindjus). Para o presidente da entidade, Carlos Eugênio, a ideia desativa comarcas, o que causará prejuízos irreparáveis para a população que ficaram dependendo ainda mais de outras cidades.
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Presidente do Sindijus se pronunciou contra o projeto.
Presidente do Sindijus se pronunciou contra o projeto.“Ouvimos a população dessas cidades e identificamos que algumas têm alguns termos que se fossem transferidos para outros aumentaria a capacidade de produção de processos. A segregação inicialmente deveria acontecer apenas com os termos, e não com a agregação”, disse.
Ainda durante a apresentação, o juiz Antônio Oliveira falou ainda que algumas cidades passaram anos sem contar com um magistrado julgando casos. Cidades como Anísio de Abreu e Curimatá passaram 12 anos sem um juiz, assim como Santa Filomena, que ficou 13 anos sem um magistrado.
“A população acaba sendo prejudicada pela falta de juiz para julgar casos, e com a aprovação do projeto contaria com o magistrado nas circunscrições, além disso, os servidores dessas comarcas serão remanejados e se preciso haverá convocações de aprovados no último concurso”, disse.
Com o projeto, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prevê que os tribunais façam reajustes para as comarcas agregadas e lembrou também que o Piauí tem o pior índice de análise de julgamentos de processos.
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