Tia de criança espancada até a morte não estava em casa no momento do crime, diz delegado

03/11/2023 15h57


Fonte ClubeNews

Imagem: Reprodução/Redes SociaisJéssica Pais, tia da vítima e principal suspeita do crime.(Imagem:Reprodução/Redes Sociais)Jéssica Pais, tia da vítima e principal suspeita do crime.

Jéssica Pais de Sousa, principal suspeita no caso em que a sobrinha de cinco anos, Maria Eduarda Vitória de Sousa, morreu com sinais de espancamento, no último dia 14 de outubro, em Uruçuí (PI), não estava em casa no momento do crime, afirmou a Polícia Civil nesta sexta-feira (3).

O delegado titular de Uruçuí, Marcos Halan, informou que a tia da vítima trabalhava enquanto a criança era agredida até a morte em sua residência.

“Ela [Jéssica] não estava em casa no momento do crime, mas trabalhava em outro local”,
apontou o delegado ao Portal ClubeNews.

Halan ressaltou que a Polícia Civil continua a colher depoimentos de testemunhas e investiga se houve a participação de outras pessoas no caso.

Morte por traumatismo craniano e prisão de tia

Maria Eduarda Vitória de Sousa, de cinco anos, foi morta com sinais de espancamento em Uruçuí, a 457 km de Teresina. A garota e o irmão de três anos moravam com a tia, Jéssica Pais de Sousa, há três meses.

A suspeita levou a sobrinha ao Hospital Regional Senador Dirceu Arcoverde, em Uruçuí, onde a garota já chegou sem vida. Um dos médicos verificou marcas de agressão no corpo de Maria e acionou a Polícia Civil, que conduziu Jéssica até sua casa, a qual havia sido limpa pela filha mais velha, de 14 anos.
Imagem: ReproduçãoLocal onde criança morava com a tia em Uruçuí, Sul do Piauí.(Imagem:Reprodução)Local onde criança morava com a tia em Uruçuí, Sul do Piauí.

Em depoimento à Delegacia de Uruçuí, Jéssica negou a autoria do crime. O laudo cadavérico determinou que a Maria Eduarda sofreu traumatismo craniano. Na residência da família, a perícia encontrou manchas de sangue no quarto, sobre a cama que a criança dormia, e nas roupas, que estavam na máquina de lavar.

Ainda conforme a Polícia Civil, o irmão da vítima também apresentava sinais de maus tratos. A tia foi presa devido a várias contradições em seu depoimento, além de ter alterado a cena do crime. A PC-PI investiga se houve participação de outras pessoas no caso.

Denúncias contra abrigo e prisão de diretora

A diretora da casa de acolhimento no município de Posse (GO), onde Maria Eduarda e o irmão viviam antes de serem entregues, sem autorização judicial, à tutela da tia, foi presa na última sexta-feira (27).

Segundo a Polícia Civil, a mulher é suspeita de maus-tratos e tortura, como prender crianças em um quarto escuro durante dias para que se comportassem melhor.
Imagem: Divulgação/PC-GOAbrigo é investigado pela polícia por maus-tratos e tortura.(Imagem:Divulgação/PC-GO)Abrigo é investigado pela polícia por maus-tratos e tortura.

Além das supostas práticas, a diretora também é investigada por encaminhar crianças e adolescentes para famílias substitutas sem decisões judiciais, como ocorreu com Maria e o irmão.

As duas crianças foram enviadas ao abrigo devido aos problemas psicológicos dos pais, segundo o Conselho de Defesa da Criança e do Adolescente de Posse. Entretanto, nem a Justiça, o Conselho Tutelar ou os outros familiares sabiam que os menores estavam no Piauí.

Ao Portal ClubeNews, o delegado Humberto Soares observou que a diretora também é suspeita de desviar doações enviadas à casa de acolhimento para proveito próprio. A mulher teria também feito um aborto ilegal em uma criança do abrigo.

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