Sempi avalia dados sobre violência contra mulheres divulgados em fórum nacional
15/11/2023 12h16Fonte Governo do PiauÃ
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Sempi avalia dados sobre violência contra mulheres divulgados em fórum nacional.
Sempi avalia dados sobre violência contra mulheres divulgados em fórum nacional.A Secretaria de Estado das Mulheres do Piauí (Sempi) divulgou análise sobre a vitimização das mulheres no Brasil, utilizando dados do Fórum de Segurança Pública e Anuário Brasileiro de Segurança Pública. De acordo com a pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização das mulheres no Brasil”, quase 30% das brasileiras relataram ter sido vítimas de algum tipo de violência ou agressão no ano de 2022, o que equivale a 18,6 milhões de mulheres acima de 16 anos.
De acordo com a secretária das Mulheres, Zenaide Lustosa, os dados da pesquisa demonstram que a misoginia ainda está muito presente em nossa sociedade, por isso a Sempi tem investido em ações e estratégias voltadas para mudar essa realidade. “A Secretaria das Mulheres do Piauí tem investido na sensibilização e criação de serviços e mecanismos que possam acolher essas mulheres, como a criação do protocolo Ei, mermã, não se cale, que funciona 24 horas por dia, bem como a construção de dois Centros de Referência da Mulher, um em São Raimundo Nonato e outro em Picos. Citamos também a Casa da Mulher Brasileira em Parnaíba, com início previsto para 2024 e a estruturação do Centro de Referência Francisca Trindade, com serviço psicossocial e jurídico”, destacou.
Zenaide ainda ressalta o lançamento da campanha #PiauíSemMisoginia, previsto para o dia 6 de dezembro, onde várias instituições públicas e privadas vão aderir ao protocolo de intenções, comprometendo-se a desenvolver ações nesses espaços para coibir a violência contra a mulher.
Cresce número de denúncias
Os dados do fórum demonstram que a região Nordeste, apesar de apresentar a maior redução em termos proporcionais, ainda registrou 187 denúncias de violência de gênero no primeiro semestre de 2023. Na avaliação da Sempi, o maior acesso à informação, a existência de uma política de apoio a vítimas e o aumento da divulgação de direitos faz crescer o número de denúncias contra agressores, tanto por parte das vítimas como por parte de quem testemunha os casos.
"O entendimento sobre os diferentes tipos de violência contra a mulher é um dos fatores que influenciam no aumento de denúncias. Quanto mais o assunto é difundido, mais pessoas são conscientizadas, e com mulheres mais conscientes, o número de denúncias contra agressores cresce. Antes, muitas mulheres sequer entendiam que viviam em um relacionamento tóxico e abusivo. Portanto, a difusão do assunto é essencial para influenciar mulheres a quebrarem ciclos de violência", defende a secretária da Sempi.
Outros dados
Os números revelam ainda que, a cada 8 minutos, uma mulher ou menina foi vitma de violência sexual entre janeiro e junho deste ano, um cenário que exige ações ainda mais urgentes e eficazes para proteger as mulheres.
De acordo com o Laboratório Elas Vivas, em relação ao ano passado, houve um aumento de 17,84% de casos de violência, somando 11.836 denúncias pelas delegacias especializadas (DEAMs). Teresina lidera os registros nas delegacias não especializadas, totalizando 3.635 casos (37%) de janeiro a setembro de 2023. Parnaíba segue com 554 registros (4%), com pico em julho (85 casos). Em terceiro lugar, Picos e Campo Maior possuem, ambos 3%, dos registros, com média de 34 e 33 casos por mês, respectivamente. Outros municípios como Floriano, Altos, José de Freitas, Oeiras e Piripiri respondem por 2% dos casos, com quantidades variadas de registros, destacando-se as máximas mensais e médias em cada localidade. União, Uruçuí, Barras, Jacobina e Luís Correia apresentam 1% dos índices, com variação nos números de registros ao longo dos meses.
Nesse cenário, a Sempi reforça suas políticas de proteção e apoio às mulheres, incluindo iniciativas como o “Ei, mermã, não se cale”, que oferece suporte e orientação para mulheres vítimas de violência. A Sempi ainda reitera a importância de conscientizar a sociedade sobre os impactos da misoginia e da necessidade de promover valores de respeito, empatia e igualdade entre os gêneros. "É um esforço contínuo, que envolve não apenas políticas públicas efetivas, mas também esforços conjuntos entre instituições governamentais, sociedade civil e setor acadêmico para superar os desafios enfrentados pelas mulheres no País", reforça a secretária Zenaide.
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